Análise da Glicemia Capilar Após 12 Semanas de Treinamento Resistido em Mulheres
Por Adilson Domingos dos Reis Filho (Autor), João Pedro Pompeo Vitto (Autor), Roberto Carlos Vieira Junior (Autor), Fabrício Azevedo Voltarelli (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 21, n 3, 2013. Da página 150 a 156
Resumo
O envelhecimento é um processo pelo qual todos os indivíduos e organismos são acometidos e é caracterizado pela diminuição gradativa dos vários sistemas orgânicos em realizar suas funções de maneira eficaz. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar a glicemia capilar de mulheres de meia idade e idosas após 12 semanas de treinamento de força. Participaram do estudo 22 mulheres fisicamente ativas (41 a 71 anos de idade), separadas em dois grupos: mulheres de meia idade (n = 14) e mulheres idosas (n = 8). Foram determinadas massa corporal (MC), IMC e glicemia capilar pós-prandial (GPP) (duas horas após o almoço) em dois momentos: no início do estudo (M0) e após 12 semanas de acompanhamento (M1). O treinamento resistido teve duração total de 12 semanas. Os dados foram analisados mediante o pacote estatístico BioEstat® 5.0 (Brasil) e expressos em média ± erro padrão. Foi utilizado Mann-Whitney para comparação entre os grupos e Wilcoxon para comparar os momentos M0 e M1 intragrupos. Para as mulheres de meia idade a MC (M0 = 67,8±8,3; M1 = 67,4±8,8), IMC (M0 = 27,4±4,4; M1 = 27,2±4,5) e GPP (M0 = 109,6±5,2; M1 = 113,6±5,3) não apresentaram diferença estatisticamente significativa (p = 0,55; 0,62; 0,73 respectivamente). Em relação às mulheres idosas, MC (M0 = 74,3±8,0; M1 = 73,8±7,7), IMC (M0 = 29,8±2,1; M1 = 29,6±1,9) e GPP (M0 = 158,2±41,0; M1 = 121,6±20,6) o mesmo foi observado (p = 0,12; 0,13; 0,07). Concluímos que o treinamento resistido de 12 semanas foi insuficiente para promover a redução da glicemia pós-prandial em mulheres de meia-idade, possivelmente em decorrência da alteração hormonal própria do climatério.