Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações estáticas e dinâmicas em pacientes com escoliose idiopática na posição ortostática, sem e com inclinação lateral com restrição associadas ou não as mudanças unilaterais de calços. O grupo experimental foi constituído por pacientes com escoliose idiopática com curva dupla (³ 10°) e o grupo controle por participantes sem escoliose na mesma faixa etária (13-24 anos). Foram utilizadas três câmeras de vídeo, 18 marcadores fixados em referências anatômicas dos participantes, dois calços, de 1 e de 3 cm de altura e uma escala para restrição e padronização da inclinação lateral. As tentativas foram realizadas aleatoriamente, nas condições sem calço ou com calço baixo ou alto sob o pé direito e esquerdo e nas tarefas, estática (15 segundos) ou dinâmica (5 movimentos de inclinação lateral para direita ou esquerda). Foram calculados os ângulos posturais: alfa 1 (torácico alto), alfa 2 (torácico médio), alfa 3 (tóraco-lombar) e alfa 4 (lombar) e os ângulos segmentares: beta 1 (ombros), beta 2 (escápulas), beta 3 (pelves) e beta 4 (joelhos). Na situação estática, os grupos e os calços tiveram uma maior influência nos ângulos posturais tóracolombar e lombar e nos ângulos segmentares da pelve e do joelho. Na situação dinâmica sem calço, nenhuma diferença foi observada entre grupos, porém o calço associado aos movimentos de inclinação lateral provocou ajustes posturais compensatórios nos ângulos posturais alfas e segmentares betas, sendo que as diferenças foram maiores com o calço alto nos pacientes com escoliose, indicando um possível mecanismo corretivo.

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