Resumo

Este estudo objetivou verificar a influência do ciclo menstrual sobre o comportamento mecânico dos discos intervertebrais de mulheres. Foram distribuídos 120 questionário a mulheres com idade entre 18 e 25 anos dos quais foram respondidos 93 e 20 foram intencionalmente selecionados para compor o presente estudo. Os sujeitos foram divididos em 2 grupos em relação à utilização (GC) ou não (GN) de contraceptivos orais. As participantes compareceram ao laboratório em 3 oportunidades que coincidiam com eventos importantes de cada fase do ciclo sexual. Nestas visitas os sujeitos executaram uma tarefa física (caminhar com carga de 15% de seu peso corporal) durante 30 minutos. Nesse período foram tomadas medidas de estatura a cada 6 minutos com a finalidade de determinar as variações de estatura. Após a atividade as participantes permaneceram na posição em pé durante 30 minutos e sua recuperação de estatura foi determinada. Os resultados do estudo indicaram não haver diferenças significativas para a perda e recuperação de estatura entre os grupos. No entanto as análises intra-grupo revelaram uma maior perda de estatura na fase lútea no GN. A recuperação de estatura intra-grupo indicou que no GN ocorre menor recuperação de estatura na fase proliferativa). Um comportamento similar foi encontrado no GC nas fases proliferativa e lútea. As análises das taxas de perda de estatura indicaram diferenças entre os grupos para tx2 na fase lútea. O grupo GN foi o que apresentou maior taxa de perda de estatura durante a fase lútea. Esses achados permitem concluir que o ciclo sexual interfere no comportamento mecânico dos discos intervertebrais, que pode ter ocorrido pelas variações hormonais que ocorrem em determinados períodos do ciclo sexual. Tais variações podem ser decorrência e alterações sobre o metabolismo do colágeno e edemas. 

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