Resumo
A cintura pélvica configura-se como uma importante estrutura que assegura a realização de atividades estáticas e dinâmicas, tanto do tronco quanto dos membros inferiores. Sendo assim, qualquer alteração nessa estrutura poderá acarretar em danos funcionais. Neste sentido, este estudo teve como objetivo aplicar um aparelho ortótico para promover a imobilização da cintura pélvica e avaliar o efeito do LED, enquanto estratégia de reabilitação. Foram utilizados 30 ratos da linhagem Wistar (n=5 por grupo), distribuídos em cinco grupos, a saber; controle (C), imobilização pélvica (IP, 7 dias), controle + LED (CL, 630nm, 500 mW, 8-10 J/cm2 , 30-40s), imobilização pélvica + LED (IPL), remobilizados ( R, avaliados após 7 dias da retirada da órtese). A intervenção foi realizada por 7 dias seguidos. As avaliações foram realizadas nos músculos glúteo máximo (GM), glúteo médio (GMe) e ilíaco (I). Foram determinados o peso úmido do músculo glúteo máximo; a concentração plasmática de corticosterona (COR) e TNF-α; relação proteina total/DNA (PT/DNA); reservas de glicogênio (GLI) e determinação da concentração dos receptores de insulina (IR), mTOR e AMPK. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov seguido de ANOVA e teste de Tukey. Em todos os cálculos foi fixado um nível crítico de p<0,05. Nos resultados obtidos não houve diferença na concentração de COR entre os grupos; a órtese promoveu redução nas reservas de GLI e na relação PT/DNA com maior intensidade no GM; o GLI não retornou a normalidade concomitante a remobilização; houve perda de peso no GM e a terapia com LED não promoveu melhora neste parâmetro; a IP promoveu redução na concentração de IR, mTOR e AMPK em todos os músculos avaliados; a aplicação do LED promoveu melhora significativa na condição de IP. Os dados indicam que a terapia de LED mostrou-se importante no processo de recuperação metabólica e minimizou a proteólise, além de reduzir a geração de TNF-α protegendo o músculo em desuso.