Resumo
O processo de envelhecimento, e as consequentes alterações morfofisiológicas dele decorrentes, desencadeiam a redução da habilidade regenerativa das células satélites, redução da vascularização tecidual e aumento da produção de fibroblastos, desenvolvendo-se, por fim, um ambiente celular desfavorável para a ativação e sustentação de um mecanismo regenerativo adequado. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento com exercício de natação e ultrassom sobre a regeneração muscular de modelos experimentais idosos após lesão miotóxica. Foram utilizados 40 ratos Wistar com 18 meses de idade, divididos em 4 grupos experimentais: lesão (LE; n=10) somente submetidos à lesão; ultrassom (US; n=10), que após a lesão receberam tratamento com ultrassom pulsado de 1MHz; natação (NAT; n=10), cujos animais foram tratados com um programa de exercício de natação; e natação+ultrassom (NATUS; n=10), que receberam ambas as terapias após a lesão. Os animais foram submetidos à lesão por bupivacaina no músculo tibial anterior direito e as amostras foram coletadas 7 e 14 dias após a lesão, totalizando 3 e 6 sessões de tratamento, respectivamente. A análise da regeneração muscular foi realizada através de microscopia de luz. Para análise estatística utilizou-se os testes ANOVA one-way e Tukey. Nos resultados obtidos a análise histológica demonstrou que após 14 dias houve redução significativa na área de inflamação/regeneração em todos os grupos de tratamento quando comparados ao grupo LE14. Com relação à área de secção transversal das fibras em processo de regeneração, nenhuma das terapias utilizadas foi capaz de melhorar a maturação das fibras musculares, e após 14 dias as fibras do grupo NATUS14 se mostraram significativamente menores do que os demais grupos estudados. Conclui-se que as terapias propostas demostraram eficácia somente na redução da área de inflamação/regeneração. A combinação das terapias comprometeu a maturação das fibras musculares.