Resumo

Objetivo: Investigar o perfil do fisioterapeuta com atuação na área esportiva nas modalidades de futebol e voleibol no Brasil no que tange à sua formação, atuação e grau de autonomia dentro da equipe interdisciplinar. Métodos: Foram analisados questionários estruturados para levantamento de dados sociodemográficos, dados relativos ao ambiente de trabalho e à prática clínica e os seus domínios, referentes a 49 fisioterapeutas de clubes e seleções de futebol e voleibol. Resultados: Do total de entrevistados, apenas cinco fisioterapeutas eram do sexo feminino, e a idade média do grupo era de 32,2 anos. A maioria dos fisioterapeutas brasileiros que atuam no esporte possuem especialização em diversas áreas (78,2%), foram contratados por indicação (78,2%), trabalham mais de 8 horas/dia ou em regime de dedicação exclusiva (80,0%) e recebem de sete a dez ou mais salários mínimos (58,2%). Além disso, observou-se uma grande participação do fisioterapeuta nos domínios do atendimento emergencial (87,3%), prevenção (92,7%), reabilitação funcional (98,2%) e retorno após lesão (100%). O fisioterapeuta com atuação no esporte relata haver uma boa relação interdisciplinar, sobretudo com o preparador físico na reabilitação funcional (70,9%), com o médico do clube na decisão do retorno do atleta após reabilitação (74,5%) e no veto ou liberação do atleta para jogos/treinos (63,6%). Entretanto, muitos reclamaram de ameaças à sua autonomia, principalmente pelo profissional médico. Conclusão: Ainda existe a necessidade de investir na formação específica do profissional fisioterapeuta esportivo, visando a uma melhor especialização na área esportiva e consolidando conceitos importantes da área por meio de um melhor entendimento de referenciais teóricos e de atuação clínica.

Palavras-chave: fisioterapia; esporte; profissão; reabilitação; prevenção; equipe interdisciplinar.

Acessar Arquivo