Resumo

O perfil de liderança dos técnicos de modalidades desportivas pode ser um fator
influenciador no desempenho das equipes. Um bom líder poderá ser fundamental
na busca dos resultados pois este funcionará como ponto de equilíbrio dentro do
grupo. Neste sentido, objetivou-se analisar o perfil do técnico de voleibol de equipes
participantes dos Jogos da Juventude do Paraná 2004, realizado na cidade de Maringá
- PR. A amostra constituiu-se de 14 técnicos e 149 atletas de voleibol. Para tanto,
construiu-se e validou-se um questionário para definir o perfil do técnico e um teste
de estilo de liderança (SONOO, 2004) para determinar o perfil dos técnicos. Para
análise dos dados utilizou-se da estatística descritiva e do teste não-paramétrico Mann
Whitney. Os resultados evidenciaram que o sexo masculino (85,7%) predominou
na área do treinamento desportivo. Esta amostra foi constituído por jovens; a maioria
graduada em Educação Física (85,7%) e buscaram a qualificação acadêmica a nível
de especialização e mestrado (64,3%). Os técnicos trabalhavam em diferentes locais
e todos tiveram experiência como ex-atletas de voleibol. Os técnicos perceberam-se
predominantemente autocráticos, davam instrução, suporte social mas não forneciam
retroalimentação positiva à equipe. Ao comparar as percepções dos atletas e dos
técnicos observou-se uma diferença significativa (0,0000) em todas as dimensões
exceto na conduta autocrática (0,1443), o que indica que tanto o técnico como os
atletas percebiam a predominância desta conduta.As percepções das mulheres não
concordaram com as dos homens nas dimensões instrução, suporte social e
democrático. Encontrou-se diferença significativa em todas as dimensões (0,0001)
quando comparado às percepções dos técnicos e atletas do gênero masculino, e nas
dimensões suporte social (0,0019), democrático (0,0319) e retroalimentação positiva
(0,0445) do gênero feminino. Conclui-se que os técnicos apesar de jovens têm
experiência na área e percebem-se autocráticos, o que concordam com a percepção
dos atletas. As mulheres, ao contrário dos homens, percebem seus técnicos como
sendo aqueles que instruem a equipe e fornecem o suporte social necessário. Porém
elas não confirmam a percepção de seu técnico quanto à dimensão de suporte
social. Os atletas não concordam com o estilo percebido pelos seus técnicos, já as
atletas concordam que eles fornecem instrução, no entanto confirmam a sua
autocracia.

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