Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar a correlação de seis regiões de interesses arbitrariamente selecionadas no DXA (quatro para avaliação da massa magra e duas para a massa gorda) com variáveis morfológicas e funcionais em adultos jovens e idosos. Estudo de característica correlacional, com análise transversal, realizadas em 21 pessoas adultas e 20 idosas. As avaliações foram realizadas em período de duas semanas, com cada sujeito sendo avaliado em, no máximo, 72 horas para avaliações da composição corporal por DXA e bioimpedância, antropometria e dinamometria. Em dias subsequentes, o participante realizou avaliação da espessura muscular por ultrassonografia. As regiões de interesse (ROIs) foram determinadas em seis pontos anatômicos distintos do corpo de cada avaliado: R1 = panturrilha; R2 = coxa; R3 = braço; R4 = antebraço; R5 = cintura; R6 = quadril. Análise de correlação bivariada e correlação linear múltipla foram realizadas, com nível de significância estatística estabelecida em 5%. Foram verificadas correlações plausíveis (de moderadas a fortes) entre a massa magra das ROIs com variáveis morfológicas (EM), fisiológicas (BIA) e funcionais (dinamometria). Coxa foi a região com a maior quantidade de correlações significantes, e as variáveis de força se correlacionaram melhores com as massas magras das ROIs, sobretudo de membros inferiores e superiores. Quando foram comparadas as correlações entre as variáveis independentes com as variáveis dependentes ROIs e as variáveis tradicionalmente utilizadas em estudos de intervenção para o acompanhamento dos diferentes componentes corporais, tais como o IMC, a massa gorda e a massa magra total, as correlações apresentadas entre as diferentes ROIs, sobretudo para a massa livre de gordura e osso, e as variáveis morfológicas, fisiológicas e funcionais, foram, no mínimo, similares às correlações verificadas para as variáveis tradicionalmente utilizadas nos estudos (IMC, MG total e MM total). Em conclusão, as avaliações realizadas em regiões de interesses apresentaram correlações moderadas e fortes com variáveis de espessura muscular, bioimpedância e força isométrica, e as correlações foram mais constantes e fortes quando analisadas entre massa magra de ROIs e força muscular, maiores inclusive que as variáveis comumente utilizadas em estudos de intervenção, como o IMC, a massa gorda total e a massa magra.