Resumo

Objetivo: Analisar a postura de jovens velejadores e relacionar com fatores que podem gerar alterações posturais. Métodos: Foi avaliada a postura de nove velejadores da classe Optimist, com idade entre 10 e 15 anos. Realizou-se um questionamento prévio para conhecimentos gerais sobre tempo e freqüência de prática na Vela, prática de outros esportes, dominância e preparo para os treinos. Então, em trajes de banho, o velejador foi fotografado na posição ortostática em vistas anterior, posterior e laterais, e na posição em flexão anterior em vista anterior e lateral. Na flexão anterior, o atleta era solicitado a realizar a posição de modo confortável, sem exigir alongamento da musculatura ou alcançar objetivos como tocar os membros superiores no chão. A avaliação postural ocorreu por fotogrametria no posturograma FISIOMETER 3.0. Resultados: Foi observado que todos os velejadores apresentaram alterações posturais, como gibosidades dorsais (55%), concavidades de tronco (88%), desnivelamento de pelve (66%), elevação de ombros (66%), desalinhamento de cabeça (77%), anteriorização de cabeça (100%), desalinhamento de joelhos (66%), desalinhamento de pés (77%) e hiperlordose lombar (44%). Conclusão: Essa alta incidência de deformidades encontrada é preocupante, visto que as alterações podem gerar incapacidades físicas a curto e longo prazo. Porém, deve-se ressaltar o fator estudantil, que influencia nestas alterações e pode contribuir para lesões osteomusculares. Observou-se a carência de estudos pregressos para confronto dos resultados e há indicação para estudos futuros com maior número amostral podendo tornar mais evidente as alterações características da prática da Vela.

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