Resumo

O presente estudo investiga a relação entre a eletromiografia (EMG) e o torque muscular isométrico de extensão de perna, em diferentes níveis percentuais da contração voluntária isométrica máxima (CVIM): 0, 20, 40, 60, 80, e 100% e em diferentes posições angulares ( 0º, 20º, 40º , 60º, 80º e 100º ). Em cada posição angular foram realizadas 5 contrações, para cada nível de torque solicitado, de 5s com um intervalo de 15s entre as mesmas sendo 180s de repouso entre as aquisições feitas em ângulo. Os músculos selecionados para avaliação da atividade EMG foram: reto femoral, vasto lateral, vasto medial longitudinal e vasto medial oblíquo – considerados como grupo agonista – e semitendíneo, semimembranáceo, bíceps femoral cabeça longa e  bíceps femoral cabeça curta – considerados como grupo antagonista. Além disso, para análise de todos os músculos envolvidos no movimento de extensão da perna, foi realizada uma somatória de sinais de todos os músculos, considerado-se a soma de sinais EMG do grupo agonista e, também a soma do sinal EMG do grupo antagonista. Os resultados permitem concluir que: há uma correlação linear entre a intensidade do sinal EMG e torque isométrico, tanto pelo valor RMS como pelo valor integral da EMG; a correlação linear ocorre ao se analisar tantos ventres individuais, como todo o grupo muscular agonista; a atividade EMG dos músculos antagonistas parece não interferir na correlação EMG – torque do agonista; a correlação EMG – torque parece ser maior em níveis de torque abaixo de 80% da CVIM.

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