Análise do Sick Scapula em Jogadores de Handebol com e Sem Dor no Ombro Durante o Arremesso
Por Gabriel Peixoto Leão Almeida (Autor), Paula Fiquetti Silveira (Autor), Nathália Polisello Rosseto (Autor), Gisele Barbosa (Autor), Benno Ejnisman (Autor), Moisés Cohen (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 20, n 4, 2014. Da página 285 a 288
Resumo
INTRODUÇÃO:
A discinesia escapular é definida como uma alteração da posição escapular, tanto dinâmica quanto estática, resultante de desequilíbrios da musculatura periescapular secundários à fadiga, trauma ou lesão neurológica. OSICK Scapula avalia e caracteriza as alterações escapulares estaticamente, variando de 0 a 20 pontos (0 = melhor possível). No exame, a escápula é avaliada em três aspectos: dor objetiva, dor subjetiva e mau posicionamento escapular.
OBJETIVO:
Comparar o SICK Scapula entre jogadores de handebol sintomáticos e assintomáticos.
MÉTODOS:
A amostra foi composta por 57 atletas de handebol divididos em dois grupos, de acordo com a presença de dor no ombro: grupo assintomático (GA) (N = 27) e grupo sintomático (GS) (N = 30). O SICK Scapula foi avaliado entre os atletas, tanto em relação à sua pontuação final como às subescalas. O GS apresentou maior pontuação no SICK Scapula em relação ao GA (8 ± 2,3 vs 2,7 ± 1,8; p<0,001).
RESULTADOS:
Nas subescalas, os GA e GS também apresentaram diferenças significantes quanto à dor subjetiva (0 vs. 1,73 ± 0,83; p < 0,001), dor objetiva (0,41 ± 0,64 vs. 2,5 ±0,86; p < 0,001) e mau posicionamento escapular (2,3 ± 1,9vs. 3,7 ± 1,5; p = 0,002).
CONCLUSÃO:
Os atletas de handebol com dor relacionada ao arremesso apresentam maior pontuação com relação à dor e às alterações de posicionamento escapular, segundo avaliação pelo SICK Scapula, em comparação com os que não apresentam sintomatologia.