Resumo

Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi analisar três metodologias empregadas na determinação do máximo estado estável de lactato (MEEL), no que se refere às variações de lactatemia adotadas como padrão para a intensidade de MEEL.

Métodos e Resultados:
Participaram voluntariamente do estudo 12 ciclistas de nível regional (27,8±6,3 anos; 69,7±9,9 kg; 175,7±5,1 cm; 11,9±5,0 % de gordura corporal; 2,4±2,0 anos de treinamento), os quais foram submetidos a testes retangulares em cicloergômetro (de dois a quatro testes), com duração de 30 minutos e cargas constantes para a determinação do MEEL, sendo coletadas amostras sanguíneas a cada cinco minutos durante os testes para determinar as concentrações de lactato sanguíneo. Os resultados obtidos a partir dessas coletas foram analisados por três metodologias já descritas na literatura para a determinação da intensidade do MEEL, conforme exposto: (1) variação de 0,05mM.min-1 entre o 100 e o 300 minutos de exercício; (2) variação de 0,05mM.min-1 entre a média dos 20min finais de exercício e o 100 minuto; (3) variação de 0,035mM.min-1 entre o 100 e o 300 minutos de exercício. Observou-se como resultado que quando empregadas a segunda e a terceira metodologias, cerca de 30% e 16,7% dos voluntários, respectivamente, não obtiveram o MEEL na mesma intensidade daquela determinada pela primeira metodologia.

Conclusão:
Conclui-se que houve diferença percentual entre as metodologias empregadas para a determinação do MEEL, referentes às variações de lactatemia, podendo influenciar na correta identificação da capacidade aeróbia e consequente prescrição de treinamento.