Analogia Entre Treinamento de Resistência Muscular Geral em Circuito e Intervalado na Musculação e Interferência de Ambos no Vo2 Sub-máximo de Sedentários e Destreinados.
Por Leonardo Lopes de Sousa (Autor).
Integra
INTRODUÇÃO:
O estudo desenvolvido pretende constatar se há uma relação direta, ou até mesmo indireta, entre trabalho de resistência muscular geral (R.M.G.) em circuito e intervalado na musculação e melhora do VO2 sub-máx. de sedentários e destreinados. Foi verificado o VO2 através de um teste inicial para apurar o nível de condicionamento de cada aluno. Após o término do período de treinamento, os mesmos alunos foram testados para verificar se este promoveu alguma alteração no VO2 sub-máx. O treinamento foi feito com dois grupos distintos, um grupo com 5 amostras realizou o treinamento de R.M.G. em forma de circuito, enquanto o outro com o mesmo número de amostras realizou o mesmo trabalho com o método intervalado. Convém notificar que apesar de serem dois métodos diferentes os exercícios em ambos foram os mesmos e, durante o período de trabalho com pesos, os alunos não realizaram nenhum trabalho específico para desenvolvimento da capacidade aeróbia. Este trabalho não tem a finalidade de substituir o treinamento da capacidade aeróbia e sim vem corroborar com os estudos existentes para que se possam desenvolver métodos auxiliares no aprimoramento desta capacidade física de fundamental importância em todos os desportos e atividades físicas em geral.
METODOLOGIA:
Este estudo foi realizado na academia Espaço Saúde em Itaperuna-RJ, sendo composto de 10 indivíduos sedentários, iniciantes no treinamento de força, com idade média de 28,4±12,18 anos. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: G1 treinamento intervalado e G2 treinamento em circuito. Para avaliação do condicionamento cardio-pulmonar foi utilizado o protocolo de Astrand. (1980). Para efeitos comparativos do VO2 sub-máx foram realizados um pré-teste e um pós-teste verificando-o de forma absoluta (ℓ/min-1). Antes da realização dos testes os indivíduos foram informados dos procedimentos para a realização dos mesmos. A montagem dos programas de treino para o estudo seguiu a metodologia alternada por segmento e utilizando os mesmos exercícios. O sistema de séries para os treinamentos foi o sistema de série simples, sendo cada série realizada com 15 repetições por três seqüências. No treinamento intervalado foi utilizado um repouso de 60 segundos entre as séries. Já no treinamento em circuito não houve descanso entre as séries.
A análise estatística utilizada foi o teste t de Student pareado.
RESULTADOS:
Foi observado uma média no VO2 sub-máx de 2,14± 0,55(ℓ/min-1) para o G1 no pré-teste e 2,31± 0,59(ℓ/min-1) no pós teste. Já o G2 apresentou uma média inicial no VO2 sub-máx. de 2,53± 0,89(ℓ/min-1), e no pós teste 2,68± 0,75(ℓ/min-1). O VO2 sub-máx não apresentou diferenças significativas entre o pré teste e o pós teste do G1 e G2 para um (p<0,05).
CONCLUSÕES:
Conclui-se, portanto, que o resultado não evidenciou resultados significativos para melhora do VO2 sub-máx em indivíduos iniciantes no treinamento de força da amostra deste estudo, tanto para o G1 (treinamento intervalado) quanto para o G2 (treinamento em circuito).
Recomenda-se, assim, que sejam realizados estudos com um (n) amostral e freqüência semanal maior.