Resumo

O presente artigo lança um olhar crítico sobre a figura do treinador de futebol enquanto celebridade global. Utilizando dois destacados treinadores contemporâneos — José Mourinho e Sven-Goran Eriksson — como estudos de caso, defende-se que, nos discursos dominantes do jogo, os treinadores de futebol são apresentados como o único meio de explicação dos resultados das partidas de futebol política e/ou comercialmente importantes. O autor defende ainda que a natureza socialmente construída do treino de futebol é intensificada pelo estatuto simultâneo do treinador como celebridade, sendo este definido, de modo crucial, não apenas pelos desempenhos da sua equipa, mas também por uma elite de gestores de opinião cuja função é promover ou destruir celebridades individuais, de acordo com as circunstâncias.

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