Ansiedade e Desempenho de Jogadoras de Voleibol em Partidas Realizadas Dentro e Fora de Casa
Por Mauro Menegolli Ferreira da Silva (Autor), Marina Belizário de Paiva Vidual (Autor), Rafael Oliveria Afonso (Autor), Hélio Mamoru Yoshida (Autor), João Paulo Borin (Autor), Paula Teixeira Fernandes (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 25, n 4, 2014. Da página 585 a 596
Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do nível de ansiedade pré-competitiva nos aspectos técnicos do voleibol em partidas realizadas dentro e fora de casa. Para tal, utilizaram-se os questionários validados de ansiedade (BAI - Inventário de Ansiedade de Beck e CSAI-2 - Competitive State Anxiety Inventory–2), uma ficha de identificação e os resultados das anotações dos fundamentos da modalidade (saque, bloqueio e ataque), segundo o critério da CBV. Participaram 13 atletas de uma equipe de voleibol da categoria infanto-juvenil do interior de São Paulo, com média de 16,3 (±1,1) anos. Foram analisados 10 jogos da XXI Copa Regional de Voleibol e após a coleta dos dados as informações foram estruturadas e analisadas utilizando o pacote estatístico SYSTAT 13. As análises estatísticas consistiram na obtenção das somas e médias de cada dimensão mensurada. Para análise das relações entre ansiedade dentro e fora de casa, foi utilizado o teste t-pareado com nível de significância de p<0,05. Os principais resultados apontam que não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas nos níveis de ansiedade nos jogos como mandante e visitante, assim como nos fundamentos analisados nos jogos dentro e fora de casa. Porém, a análise dos fundamentos demonstrou que o desempenho técnico das atletas foi mais efetivo nos jogos como mandante, exceto no fundamento bloqueio positivo. Esse fato pode ser explicado pelo home advantage (vantagem de jogar em casa). Assim, é importante destacar que o aspecto psicológico deve ser considerado na periodização das atletas.