Resumo

Todos os esportes estão evoluindo consideravelmente em diversos aspectos nos últimos anos, sendo que com relação ao futebol não é diferente. Estas evoluções passam por questões fisiológicas, nutricionais, psicológicas, dentre outras. Da mesma forma, junto com as evoluções, vieram as cobranças, que aumentaram as exigências sobre os atletas, tanto profissionais quanto com relação aos que estão em formação. Com isso, é preciso ter pleno conhecimento de que diversos elementos podem desencadear em oscilações na performance de atletas, como no caso das emoções negativas, exemplificadas pelo medo, o estresse, a ansiedade, dentre outros. Com relação à ansiedade, temos que a mesma pode ser entendida como algo negativo relacionado às emoções, podendo o indivíduo apresentar sentimentos de angústia, nervosismo, apreensão e nervosismo, devido ao nível de ativação do corpo. A ansiedade tem implicações cognitivas e somáticas, sendo a primeira um componente do pensamento e a segunda o nível de ativação física que pode ser percebida. Outra subdivisão bastante utilizada se refere a características da personalidade ou da situação em que o indivíduo está exposto, visto que a primeira seria ansiedade traço e a segunda ansiedade estado. Os níveis de ansiedade podem variar nos momentos que antecedem uma partida, durante e após também, uma vez que estas alterações tendem a interferir no rendimento dos atletas, principalmente de acordo com o modo como estes podem perceber determinadas situações, que nem sempre são tão ameaçadores como eles consideram. Desta forma, este trabalho visa analisar as ansiedades traço e estado de goleiros juniores de futebol durante a Copa São Paulo, competição mais importante da categoria. Para esta finalidade, foi utilizado o questionário de auto-avaliação IDATE, que possui duas partes (a primeira sobre ansiedade estado e a segunda sobre o traço), sendo que havia uma escala Likert de 1 a 4 em ambas. No total, foram analisados 14 goleiros participantes da Copa São Paulo, com idade média de 18 anos. Desta forma, os resultados encontrados foram de 42,33 para ansiedade traço e 40,46 para ansiedade estado, uma vez que estes são considerados como valores medianos e, de acordo com a Teoria do U invertido, estariam proporcionando um nível de ativação próximo do ideal, o que não apontaria para prejuízos quanto a este aspecto na performance dos atletas. Caso a ativação estivesse em níveis inadequados, o desempenho poderia ser desautomatizado. Apesar da situação se apresentar como muito estressante, os resultados encontrados estavam dentro do que pode ser considerado ideal. Portanto, o nível de ativação estava adequado e, pelo menos quanto a este aspecto, os atletas provavelmente não encontrariam problemas que acarretassem em prejuízos no desempenho, mas esta informação deve ser usada com cuidado, pois não quer dizer que não exista a necessidade de continuarmos atentos as questões psicológicas durante a competição em questão.

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