Antioxidantes, Atividade Física e Estresse Oxidativo em Mulheres Idosas
Por José Rubens Rebelatto (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 14, n 1, 2008.
Resumo
OBJETIVO: Verificar a influência da suplementação de vitaminas antioxidantes na dieta de mulheres idosas que praticam exercícios físicos regulares, sobre o estresse oxidativo, indicadores da saúde física e risco de enfermidades cardiovasculares (ECV). MÉTODO: Foram observados dois grupos (S e C) de mulheres com idades entre 60 e 80 anos participantes de um programa de atividades físicas durante 58 semanas, com freqüência de três vezes por semana e duração de 50 a 55 minutos cada sessão. A dieta habitual do Grupo S (n=36) foi suplementada diariamente com 330 ml de uma bebida antioxidante (FuncionaTM); o Grupo C (n=32) ingeriu água e se caracterizou como controle. Como indicadores do estresse oxidativo foram determinadas as concentrações plasmáticas de glutationa reduzida (GSH) e oxidada (GSSG), calculada a relação molar GSH/GSSG, e identificado o dano oxidativo em lipídios e proteínas. As condições físicas e cardiovasculares foram avaliadas por meio dos parâmetros antropométricos habituais (peso, altura e índice de massa corporal) e da pressão arterial. RESULTADOS: O Grupo C apresentou aumentos significativos do estresse oxidativo, redução da pressão arterial e dos valores médios de indicadores de risco de ECV. O Grupo S teve o estresse oxidativo reduzido significativamente e apresentou incremento dos ganhos cardiovasculares. Não foram identificadas significâncias em relação aos efeitos ergogênicos. CONCLUSÃO: Os dados indicam que mulheres idosas que realizam exercícios físicos freqüentes melhoram suas condições físicas e cardiovasculares e que o suplemento dietético continuado de alimentos funcionais antioxidantes podem minimizar os efeitos danosos das espécies reativas de oxigênio.