Resumo

O conhecimento do perfil antropométrico e de aptidão física das diferentes posições de jogo no handebol pode auxiliar na seleção e treinamento específico dos atletas, mas a literatura nacional carece dessas informações. O objetivo deste estudo foi verificar diferenças antropométricas e de aptidão física em atletas de handebol masculino de nível regional de diferentes posições. Dezesseis atletas (26,63±2,63 anos) das posições de armador, ponta e pivô foram avaliados em: estatura, envergadura, massa corporal total (MCT) e índice de massa corporal; perímetros dos membros, cintura e quadril; dimensões da mão; composição corporal absoluta (kg) e relativa (%); testes de sentar e alcançar, preensão manual, arremesso de medicine ball, agilidade, Counter Movement Jump e Running-based Anaerobic Sprint Test (RAST). Foram organizados dois grupos: pontas e armadores+pivôs, devido a semelhanças nas exigências físicas. Para análise estatística foi utilizado o teste-t de Student para amostras independentes (p<0,05), expressando os dados com média e desvio padrão. Houve diferenças estatisticamente significativas, com resultados inferiores dos pontas, na MCT (79,82±12,38.vs.91,84±7,79kg), perímetro do antebraço (28,05±1,90.vs.30,05±1,20cm) e quadril (98,00±6,80.vs.104,81±4,27cm), comprimento da mão (18,83±0,59.vs.20,04±1,02cm), largura da mão (22,08±1,58.vs.24,34±1,30cm), massa livre de gordura absoluta (68,28±6,94.vs.76,68±6,45kg) e potência média (376,92±34,54.vs.474,94±71,72w) do RAST. Assim sendo, os pontas se destacam pelas menores dimensões corporais; armadores e pivôs se sobressaem na resistência de potência. Tais diferenças se devem, provavelmente, às valências físicas necessárias às posições, considerando que os pontas precisam de agilidade e mobilidade, ao passo que armadores e pivôs precisam travar mais contatos físicos e realizar ações que demandam força e potência.

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