Aplicabilidade de uma cartilha educativa para o incentivo à prática de atividade física no domicílio em pessoas idosas
Por Silvana Cardosos de Souza (Autor), Mayara Imaizumi (Autor), Mário Molari (Autor), Priscila Chierotti Takabayashi (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Os materiais educativos impressos tem sido uma das ferramentas utilizadas nas estratégias de educação em saúde. São poucos os estudos que avaliam a aplicabilidade desses materiais educativos. OBJETIVO: Verificar a aplicabilidade de uma cartilha educativa para o incentivo da prática de atividade física de pessoas idosas. MÉTODOS: Foi realizado um estudo quase-experimental com análise quanti-qualitativa, com 76 idosos de ambos os sexos, praticantes de atividade física de grupos de três Unidades Básicas de Saúde do município de Londrina - PR. Os idosos receberam o material educativo, orientações de leitura e o incentivo para realizar o programa de caminhada e os exercícios domiciliar da cartilha, no mínimo, duas vezes por semana, durante quatro semanas. Para a avaliação da a taxa de retenção, adesão do programa de exercícios físicos domiciliar sugerido na cartilha e barreiras para a prática, foi utilizado um questionário validado por Picorelli et al., (2015). A aplicabilidade da cartilha foi mensurada mediante um grupo focal com nove idosos sorteados dentre os participantes do estudo. A comparação da percepção de barreiras para a prática entre os idosos que aderiram e não aderiram ao programa de exercício domiciliar, foi realizada através do teste Qui-quadrado e o teste Exato de Fisher. O índice de significância adotado foi de 5%. Para análise das informações obtidas no grupo focal, as falas foram gravadas e transcritas e o seu conteúdo categorizado seguindo as recomendações de Bardin (2011). RESULTADOS: Foi observado uma taxa de retenção e adesão do programa de exercício de 53% e 32% respectivamente. Além disso, 17% dos idosos realizaram a caminhada. As barreiras "estar participando de programas de exercício físico supervisionado" e "falta de tempo" foram as mais referidas entre os sujeitos que não realizaram o programa de exercícios. CONCLUSÃO: o material possibilitou aumento no nível de atividade física e de conhecimento dos idosos, podendo ser utilizado com uma estratégia complementar para orientar e incentivar a adoção de um estilo de vida mais ativo.