Aplicação de habilidades para a vida no contexto do BNCC: implicações da pesquisa em escolas militares no interior de Goiás
Por José Carlos Pontes Corrêa (Autor), Karla Medeiros Costa (Autor), Eduardo de Paula Amorim Borges (Autor), Débora Darck Lopes Costa Arantes (Autor), Marcelo Couto Jorge Rodrigues (Autor), Gustavo De Conti Costa (Autor).
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a autopercepção dos professores sobre sua intenção de ensinar habilidades para a vida e comparar a percepção dos alunos sobre a aprendizagem dessas habilidades em escolas militares, influenciada por esses professores. A amostra foi composta por cinco professores, com idades entre 28 e 45 anos, cada um com pelo menos quatro anos de experiência em sala de aula. Além disso, 769 alunos participaram do estudo, com idade média de 12,4 ± 0,92 anos, representando ambos os sexos. Os resultados indicaram que, com exceção do Professor 1, que obteve pontuação entre 29% e 74% da pontuação máxima possível nas subescalas investigadas do P-CLSS-Q, os demais professores obtiveram pontuação acima de 79% nas mesmas subescalas. Ademais, as turmas ministradas pelo Professor 3 apresentaram pontuações mais baixas na percepção dos alunos sobre habilidades para a vida, em comparação com os outros professores, em áreas como trabalho em equipe [χ² ( 4) = 16,819; p = 0,02], definição de metas [χ² ( 4) = 21,159; p=0,001], habilidades sociais [χ² ( 4)= 19,441; p=0,001], resolução de problemas [χ² ( 4)= 15,788; p=0,003], habilidades emocionais [χ² ( 4)=20,457; p=0,001], liderança [χ² (4)=16,075; p=0,003] , gestão do tempo [χ² ( 4)=25,119; p=0,001] e comunicação [χ² ( 4)=21,561; p=0,001]. Também foram observadas pequenas variações nas habilidades de gestão do tempo e comunicação entre as turmas ministradas pelos outros professores avaliados. Com base nesses resultados, os professores demonstraram interesse em promover um clima positivo em sala de aula para o desenvolvimento de habilidades para a vida (HV); no entanto, a autopercepção dos alunos sobre a aprendizagem de HV foi diferente, sugerindo a necessidade de desenvolvimento profissional direcionado para aprimorar as práticas de ensino dos professores.