Resumo

 Este estudo teve como objetivo avaliar a autopercepção dos professores sobre sua intenção de ensinar habilidades para a vida e comparar a percepção dos alunos sobre a aprendizagem dessas habilidades em escolas militares, influenciada por esses professores. A amostra foi composta por cinco professores, com idades entre 28 e 45 anos, cada um com pelo menos quatro anos de experiência em sala de aula. Além disso, 769 alunos participaram do estudo, com idade média de 12,4 ± 0,92 anos, representando ambos os sexos. Os resultados indicaram que, com exceção do Professor 1, que obteve pontuação entre 29% e 74% da pontuação máxima possível nas subescalas investigadas do P-CLSS-Q, os demais professores obtiveram pontuação acima de 79% nas mesmas subescalas. Ademais, as turmas ministradas pelo Professor 3 apresentaram pontuações mais baixas na percepção dos alunos sobre habilidades para a vida, em comparação com os outros professores, em áreas como trabalho em equipe [χ² ( 4) = 16,819; p = 0,02], definição de metas [χ² ( 4) = 21,159; p=0,001], habilidades sociais [χ² ( 4)= 19,441; p=0,001], resolução de problemas [χ² ( 4)= 15,788; p=0,003], habilidades emocionais [χ² ( 4)=20,457; p=0,001], liderança [χ² (4)=16,075; p=0,003] , gestão do tempo [χ² ( 4)=25,119; p=0,001] e comunicação [χ² ( 4)=21,561; p=0,001]. Também foram observadas pequenas variações nas habilidades de gestão do tempo e comunicação entre as turmas ministradas pelos outros professores avaliados. Com base nesses resultados, os professores demonstraram interesse em promover um clima positivo em sala de aula para o desenvolvimento de habilidades para a vida (HV); no entanto, a autopercepção dos alunos sobre a aprendizagem de HV foi diferente, sugerindo a necessidade de desenvolvimento profissional direcionado para aprimorar as práticas de ensino dos professores.

 

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