Resumo
Manchado et al. (2002) determinaram os parâmetros do modelo da PCrit através dos valores submáximos da FC. Foi reportado a existência de uma relação linear da PCritFC e AWCFC submáxima com seus respectivos valores máximos. Diante da correlação entre a FC e o VO2, essas equações lineares foram re-inseridas no modelo hiperbólico da PCrit e deduzidas para predizer a cinética do VO2. O objetivo do presente estudo foi verificar a possibilidade de determinar os parâmetros da PCrit através da cinética do VO2 de apenas uma sessão de exercício supramáximo. Para isso, foram analisadas a resposta do VO2 de jovens universitários, 13 homens e 2 mulheres, submetidos a três ou quatro testes preditivos da PCrit e CTA. O VO2 foi coletado a cada 3 ciclos respiratórios, interpolado a cada um segundo e alisado com médias móveis de 15 segundos. Foram determinados os tempos para se atingir, 60, 65, 70, 75, 80, 85, 90, 95 e 100% do VO2max. Esses tempos apresentaram uma relação hiperbólica com a intensidade de trabalho e possibilitaram determinar os valores de PCrit e CTA correspondentes aos valores abaixo e no VO2max. Ancova demonstrou que esses valores de PCrit e CTA sub-VO2max se relacionavam de maneira linear com os valores máximos correspondentes. As equações lineares foram deduzidas ao modelo hiperbólico 2 2 2 1 * TVO k E P VO VO rep + = + , o qual apresentou bom ajuste à cinética do VO2 (0.90 < r2 <0.99). Os valores encontrados, para os termos da equação, possibilitaram predizer os valores de PCrit (PCrit_pred) e CTA (CTA_pred). Esses valores foram comparados, através do intervalo de confiança (IC), com seus respectivos parâmetros reais, mas não foi encontrada diferença para a PCrit. Entretanto, as grandes amplitudes do IC para a CTA e CTA_pred não permitiram realizar determinações acuradas para este parâmetro