Apoptose de linfócitos e estresse oxidativo após uma competição de vôlei de praia de curta duração em atletas de elite
Por Amanda Christina Gonçalves do Carmo Gouveia (Autor), Hélvio Oliveira Affonso (Autor), Larissa Zambom Coco (Autor), Alice Rosa Fernandes Bis (Autor), Matheus Campos dos Santos (Autor), Arthur Merigueti de Souza Costa (Autor), Elis Aguiar Morra (Autor), Divanei dos Anjos Zaniqueli (Autor), Rafaela Aires (Autor), Thiago de Melo Costa Pereira (Autor), Bianca Prandi Campagnaro (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 30, n 330, 2025.
Resumo
O exercício contínuo, extenuante e prolongado tem um impacto bem documentado no sistema imunológico. Este estudo teve como objetivo verificar se o voleibol de praia pode causar apoptose de linfócitos e concomitante aumento do estresse oxidativo. Células leucocitárias apoptóticas com anticorpos anti-anexina V marcados com FITC e detecção de iodeto de propídio nuclear, disponibilidade de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) por meio da oxidação do diacetato de 2',7'-diclorofluorescina e concentração total de antioxidantes pelo ferro foram avaliados ensaios de redução do poder antioxidante, antes e após um torneio curto de vôlei de praia com 20 atletas de elite. A mediana e o intervalo interquartil de H₂O₂ em unidades arbitrárias aumentaram de 2.886 antes da competição para 10.402 após a competição para p grupo feminino, e de 2.711 para 11.154, no grupo masculino. A percentagem de células positivas para apoptose aumentou de 0,7 para 3,9 no grupo das mulheres e de 0,7 para 4,0 no grupo dos homens. A concentração total de antioxidantes não se alterou, enquanto o colesterol HDL aumentou em ambos os grupos ao final da competição. A apoptose concomitante e o aumento da produção de H₂O₂ nos linfócitos sugerem apoptose mediada por estresse oxidativo. A defesa antioxidante não é ativada imediatamente para restaurar o equilíbrio redox das células imunológicas, enquanto a melhora do perfil lipídico sugere proteção antioxidante para os vasos sanguíneos.
Referências
Atamaniuk, J., Hohenwarter, O., & Müller, H. (2024). Exercise duration and intensity influence on lymphocyte apoptosis: A longitudinal analysis. Journal of Immunology Research, 76(2), 132-139. https://doi.org/10.1155/2024/4328910
Benzie, I.F., & Strain, J.J. (1996). The ferric reducing ability of plasma (FRAP) as a measure of "antioxidant power": the FRAP assay. Anal Biochem, 239(1), 70-6. https://doi.org/10.1006/abio.1996.0292
Bessa, A.L., Oliveira, V.N., & Sousa, R.A. de (2020). Exercise-induced cell death and regeneration: The role of training and recovery. European Journal of Applied Physiology, 120(1), 67-80. https://doi.org/10.1007/s00421-019-04273-8
Bessa, AL, Oliveira, VN, Agostini, GG, Oliveira, RJ, Oliveira, AC, White, GE, Wells, GD, Teixeira, DNS, & Espindola, FS (2016). Exercise Intensity and Recovery: Biomarkers of Injury, Inflammation, and Oxidative Stress. J Strength Cond Res, 30(2), 311-9. https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e31828f1ee9
Brites, F.D., Bonavita, A.G., & Iglesias, A. (2022). The role of HDL-c in oxidative stress regulation and inflammation during exercise. Antioxidants, 11(3), 310. https://doi.org/10.3390/antiox11030310
Brites, F., Martin, M., Guillas, I., & Kontush, A. (2017). Antioxidative activity of high-density lipoprotein (HDL): Mechanistic insights into potential clinical benefit. BBA Clin., 8, 66-77. https://doi.org/10.1016/j.bbacli.2017.07.002
Gao, F., Yi, J., Yuan, J.Q., Xi, G.Y., & Tang, X.M. (2004). The cell cycle related apoptotic susceptibility to arsenic trioxide is associated with the level of reactive oxygen species. Cell Research, 14, 81-85. https://doi.org/10.1038/sj.cr.7290206
Gresslien, T., & Agewall, S. (2016). Troponin and exercise. Int J Cardiol, 221, 609-21. https://doi.org/10.1016/j.ijcard.2016.06.243