Resumo

Apesar de sua origem remota, as formas de ensinar e de jogar xadrez evoluíram pouco nos últimos séculos. Entretanto, com o advento das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, principalmente do computador pessoal e da internet, o xadrez experimentou novas formas de ser jogado e estudado. Baseado nestes dados, realizou-se esta pesquisa com o objetivo de avaliar a satisfação dos alunos em jogar pelas formas tradicional e tecnológica, bem como, determinar a preferência entre as diferentes formas de jogá-lo. Para tanto, duas classes de 4º do Ensino Fundamental I receberam 20 aulas de xadrez, pelas abordagens metodológicas: presencial e tecnológica. A metodologia utilizada foi a qualitativa, do tipo "Não Probabilística" e por "Tipicidade", utilizando-se a escala do tipo "Likert' e o aplicativo de acesso remoto do tipo "SaaS", o "Google docs". A princípio, esperava-se que jogar xadrez pela forma tecnológica provocasse entre os alunos, um interesse superior ao jogar pela a forma tradicional, mas, diferentemente do que se esperava, o interesse das crianças foi maior pelo jogo de xadrez tradicional. Os resultados da pesquisa mostraram que dos 86 pontos positivos ou negativos possíveis (na escala de respostas), 65,33 pontos foram destinados ao jogar pela forma tradicional, a forma de jogar tecnológica alcançou 32,33 pontos, portanto, valores regulares, se considerado os 86 pontos possíveis de serem atingidos. Ao verificar o nível de satisfação que os alunos tiveram em aprender o jogo de xadrez na escola, observou-se que o nível de satisfação atingiu 82 pontos. Neste caso, não se fez distinção entre as formas de jogar (tradicional e tecnológica).Ao investigar a preferência que os alunos tiveram em jogar xadrez entre forma tradicional e tecnológica, verificouse: 1) 18 optaram em jogar contra um adversário presencial, 2) 16 mostraram não ter preferência definida entre uma ou outra forma de jogar, 3)preferiram jogar contra o software Programa Livre de Xadrez. Neste contexto, pode-se concluir que a maioria das crianças manifestou preferência em jogar contra um adversário presencial. Conforme ficou demonstrado, os resultados revelaram que as crianças apresentaram um nível de satisfação significativamente maior em jogar pela forma tradicional, preferindo-a em detrimento da tecnológica, demonstrando um alto nível de satisfação com a inserção deste conteúdo no cotidiano escolar. Espera-se que esta pesquisa contribua para o incremento do ensino do jogo de xadrez nas escolas brasileiras e, também, para o fomento de novas tecnologias voltadas aos jogos didáticos eletrônicos, utilizados em sala de aula, de forma que estes possam envolver-se com tecnologias semelhantes às comumente utilizadas no dia a dia das crianças. Esta nova realidade digital é, sem dúvida, o presente e será, cada vez mais, o futuro das novas gerações.

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