Editora DNiro. Brasil 2021. None páginas.

Sobre

Mais do que um edifício, a Escola da Ponte foi e continua sendo um lugar de encontro. Inicialmente, o encontro fez-se em rede (sim, porque trabalho em rede foi sempre possível, mesmo sem internet) entre docentes de várias escolas de Portugal. Desses encontros surgiram pontes de autores, desde os do Movimento da Escola Nova a outros que os questionaram mas não negaram, outros que posteriormente emergiram e mesmo alguns de séculos anteriores.  

A partir dessas leituras em conjunto, os docentes elaboraram reflexões e pensaram instrumentos e ferramentas que pudessem consubstanciar a escola que sonhavam. O espaço físico foi-se estruturando, agregando professores(as) que acreditaram ser possível operacionalizar um sonho que deveria ser compartilhado para que pudessem se constituir enquanto equipe, saindo do seu isolamento profissional. Esse encontro de pessoas foi fundamental. Sem ele o projeto não teria sido possível.
Mais do que as ferramentas, os instrumentos e a organização, o cerne do projeto “Fazer a Ponte” foi e sempre será a vontade de estar junto, de sair de uma educação mecanizada para uma educação humanizada, que dê voz aos alunos para que se sintam estudantes, espaço para que os orientadores educativos sejam reflexivos e atuantes, famílias envolvidas, uma comunidade de agentes sociais, culturais, políticos e acadêmicos que comungam e acreditam nos valores matriciais do projeto educativo e na filosofia que lhe subjaz.

O livro da Cláudia ajuda-nos a conhecer uma realidade diferente, contextualizada e impossível de ser clonada mas que pode servir para refletir práticas, repensar possíveis transformações com vista a quebrar uma escola hegemônica e obsoleta que precisa dar resposta eficaz às futuras gerações.

Fátima Pacheco
Pesquisadora e colaboradora do projeto da Escola da Ponte desde o ano de 1976. Prefácio: Moacir Gadotti. Pósfácio: José Pacheco Orelhas: Fátima Pacheco 304 páginas .

Acessar