Resumo

No presente artigo reflete-se sobre o processo de ensino da linguagem teatral no âmbito do projeto de extensão “Comunidade em cena”, que oferece aulas de teatro a professores, estagiários, seguranças, copeiras, faxineiros, assistentes de alunos e mães de alunos do Colégio de Aplicação da UFRJ. Busca-se evidenciar os impactos da ampliação da expressividade corporal dos participantes nas relações interpessoais em um grupo de atores sociais tão heterogêneo. Tendo por base a metodologia de trabalho desenvolvida por Augusto Boal e o Teatro do Oprimido e as reflexões de Benedictus de Spinoza acerca de mente e corpo, analisa-se de que maneira o redimensionamento das possibilidades corporais e as afetações do corpo contribuíram para a construção de espaço de investigação de si a partir da linguagem teatral. Evidencia-se, no processo, a conquista da consciência corporal como importante elemento para a criação teatral.

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