Aprendizagens provenientes da educação física escolar: Foco nos relatos de alunos egressos da educação básica
Por Gabriela Simões Silva (Autor), Ellen Aniszewski (Autor), Iuri Leal Moura (Autor), José Henrique (Autor).
Em XXIII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. IX CONICE - CONBRACE
Resumo
Historicamente, a Educação Física (EF) consegue a sua legitimidade, sob a perspectiva legal, a partir dos anos de 1820, com sua menção na Carta Imperial de 1828 (BRASIL, 1828), consolidando-se nas Leis nº 5962/71 (BRASIL, 1971) e nº 9394/96 (BRASIL, 1996). Em relação ao ensino da EF na escola, a ginástica predominou até os anos de 1934, quando, a partir da publicação do Regulamento Geral de EF de nº 7 o plano da disciplina passou a abranger jogos, brincadeiras, exercícios, procedimentos e esportes (LOUREIRO, 2019). Nesse sentido, por volta da década de 1940, além da ginástica, aparecem os esportes na EF de crianças e jovens, os quais perduraram nos anos sequentes e se intensificaram da década de 1960 até meados da década de 1980 nas escolas (BENVEGNÚ JÚNIOR, 2011). Entre os anos de 1970 e 1980 emergiram do meio acadêmico inúmeras críticas à concepção esportivista da EF, as quais culminaram na necessidade de repensar e reconstruir a área sob uma ótica crítica e humanizadora (KRAVCHYCHYN et al., 2011), tendo como uma das principais mudanças a diversificação dos conteúdos curriculares (DARIDO, 2012). Este aspecto se faz evidente nas propostas curriculares radicadas na mais recente Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), nomeadamente, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) e na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). Contudo, a EF ainda busca por legitimidade no currículo escolar (SILVA; SILVA, 2021). Essa pesquisa teve por objetivo investigar as aprendizagens concretizadas na EF escolar na perspectiva de alunos egressos da Educação Básica.