Resumo

Historicamente, a Educação Física (EF) consegue a sua legitimidade, sob a perspectiva legal, a partir dos anos de 1820, com sua menção na Carta Imperial de 1828 (BRASIL, 1828), consolidando-se nas Leis nº 5962/71 (BRASIL, 1971) e nº 9394/96 (BRASIL, 1996). Em relação ao ensino da EF na escola, a ginástica predominou até os anos de 1934, quando, a partir da publicação do Regulamento Geral de EF de nº 7 o plano da disciplina passou a abranger jogos, brincadeiras, exercícios, procedimentos e esportes (LOUREIRO, 2019). Nesse sentido, por volta da década de 1940, além da ginástica, aparecem os esportes na EF de crianças e jovens, os quais perduraram nos anos sequentes e se intensificaram da década de 1960 até meados da década de 1980 nas escolas (BENVEGNÚ JÚNIOR, 2011). Entre os anos de 1970 e 1980 emergiram do meio acadêmico inúmeras críticas à concepção esportivista da EF, as quais culminaram na necessidade de repensar e reconstruir a área sob uma ótica crítica e humanizadora (KRAVCHYCHYN et al., 2011), tendo como uma das principais mudanças a diversificação dos conteúdos curriculares (DARIDO, 2012). Este aspecto se faz evidente nas propostas curriculares radicadas na mais recente Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), nomeadamente, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) e na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). Contudo, a EF ainda busca por legitimidade no currículo escolar (SILVA; SILVA, 2021). Essa pesquisa teve por objetivo investigar as aprendizagens concretizadas na EF escolar na perspectiva de alunos egressos da Educação Básica.

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