Resumo

Com grande satisfação, trazemos ao público o vigésimo segundo número da Revista Navigator, tendo como carro-chefe o Dossiê intitulado “Um século de História do Esporte Militar Brasileiro: Das Ligas de Esporte aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”, organizado pelo Professor Doutor Leonardo José Mataruna-dos-Santos.

Nos últimos anos diversos debates tem sido desenvolvidos relacionando a prática de esportes e o meio militar, de modo que, imbricado a tal fator, a atual atenção dada ao esporte em decorrência dos variados eventos esportivos de grande porte que tiveram ou terão o Brasil como sede demandam uma abordagem historiográfica dos aspectos sociais, culturais e políticos que envolvem o desporto e as Forças Armadas.

Assim, o presente número traz um rico e vigoroso debate envolvendo pesquisadores de cinco países – Brasil, França, Portugal, Inglaterra e Espanha – sobre o esporte no meio militar e a prática de esportes nas Forças Armadas. Tal discussão é enriquecida pelas Seções “Resenha” e “Documento”, que apresentam, respectivamente, a relevante obra “O esporte e as Forças Armadas na Primeira República: das atividades gymnasticas às participações em eventos esportivos internacionais”, de autoria de Karina Cancella e resenhada pelo Professor Silvestre Cirilo dos Santos Neto; e o Cartão-Postal “Equipe de Fooball Assoc. Benjamin Constant”, datado de 1912, atualmente sob a guarda do Arquivo da Marinha.

Na Seção de artigos avulsos, a Navigator traz os textos da Mestra Paloma Siqueira Fonseca, intitulado “Recrutamento forçado para a Armada Imperial nas guerras da Independência e da Cisplatina”, onde a autora aborda os processos relacionados ao recrutamento de pessoal para a Armada Brasileira nas primeiras décadas do século XIX; e do Professor Doutor português Nuno Saldanha, com o título “Manuel Vicente Nunes (1711-c.1775) – Subsídios para a História da Construção e Arquitetura Naval do século XVIII em Portugal”, em que há uma discussão envolvendo a trajetória biográfica do construtor naval português Manuel Vicente Nunes e o seu legado que deixou marcas, inclusive, do outro lado do Atlântico, isto é, no Brasil.

Desejamos a todos uma excelente leitura e que as discussões aqui levantadas possam, assim como o esporte faz a seus admiradores, trazer os variados sentimentos de vibração, inquietação e emoção. CONSELHO EDITORIAL

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