Aptidão Cardiorrespiratória de Adolescentes de Florianópolis, Sc
Por Daniel Giordani Vasquez (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 13, n 6, 2007.
Resumo
Níveis adequados de aptidão cardiorrespiratória durante a adolescência estão diretamente relacionados a um estilo de vida saudável na fase adulta. Este estudo objetivou identificar o comportamento da aptidão cardiorrespiratória durante a adolescência e descrever a prevalência de adolescentes que atenderam e não atenderam o critério recomendado para a saúde por sexo, idade e nível socioeconômico (NSE). A amostra foi composta de 963 adolescentes (513 moças e 450 rapazes), com idades de 10 a 15 anos. Na coleta de dados, foi aplicado um questionário para obtenção do NSE (A + B, C, D + E). Para análise da aptidão cardiorrespiratória, foi realizado o teste PACER (Progressive Aerobic Cardiovascular Endurance Run). Consideraram-se como parâmetros de desempenho cardiorrespiratório o número de voltas realizadas e o consumo máximo de oxigênio - VO2max (ml/kg/min). Na análise estatística, foram utilizadas médias e desvios padrões, análise de variância two-way com teste post-hoc de Tukey, e teste qui-quadrado (p < 0,05). Enquanto o número de voltas aumentou dos 10 aos 15 anos, o VO2max diminuiu, não havendo diferenças entre os sexos. Os escolares dos NSE menos favorecidos (D + E) obtiveram menor aptidão do que os demais. Identificou-se que 68% dos rapazes e 37,8% das moças não atingiram o mínimo proposto para a saúde. Verificou-se uma maior proporção de adolescentes dos NSE D + E que não atendeu o critério recomendado. Estes achados demonstram que, aproximadamente, dois terços dos rapazes e um terço das moças apresentaram baixa aptidão cardiorrespiratória. Os adolescentes de NSE menos favorecidos foram os que apresentaram menores níveis de aptidão cardiorrespiratória