Resumo

Introdução: A aptidão cardiorrespiratória (ACR) é uma importante variável de estado de saúde relacionada à aptidão física, contudo, a sua mensuração em estudos epidemiológicos não é comum, devido ao alto custo e avaliadores treinados. Baixos níveis de ACR parecem ter associação inversa com a prevalência de diabetes.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar a ACR da população brasileira de 18 a 59 anos a partir de base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013 e verificar as razões de chances para diabetes. Materiais e métodos: A amostra foi composta por 33.806 indivíduos. As seguintes informações coletadas foram inseridas no modelo de Wier et al.(2006): sexo, idade, Índice de Massa Corporal e nível de atividade física através de escore de 0 a 10 para a estimativa da ACR, também foram coletadas informações de pessoas com diabetes relatadas. Resultados: A média de consumo máximo de oxigênio dos homens foi estimada como 45,2; 39,3; 34,8 e 30,6 ml/kg/min para homens com idades 18-29; 30-39; 40-49 e 50-59, respectivamente. Para as mulheres os valores foram de 34,6; 29,6; 25,4 e 21,1 ml/kg/min para os mesmos grupos etários. Os valores foram categorizados em quintis, sendo os extremos considerados como Baixa e Alta aptidão e o intervalo entre eles como moderada. Indivíduos com ACR moderada demonstraram significativamente 32% maiores chances de apresentar diabetes e indivíduos com baixa aptidão 89%, independentemente de sexo, idade, massa corporal, e região de moradia. Conclusão: Os dados parecem corroborar com a qualidade do modelo utilizado e baixos níveis da ACR sugerem maiores chances na população brasileira de 18 a 59 anos de apresentar diabetes.

Acessar Arquivo