Aptidão Cardiorrespiratória de Adultos Praticantes e Não Praticantes de Danças Rituais de Comunidades Quilombolas, Paquetá/pi
Por Ayla de Jesus Moura (Autor), Luciano Silva Figueirêdo (Autor), Patrícia Ribeiro Vicente (Autor), Janaína Alvarenga Aragão (Autor), Maria Vieira de Lima Saintraín (Autor).
Resumo
A diversidade cultural afro-brasileira é bastante rica e traz consigo grandes manifestações que contribuem para manter viva a sua identidade. Em destaque de seus manifestos religiosos está a religião Umbandista, que vem sendo seguida por grande parte dos quilombos do Brasil. Suas práticas rituais envolvem-se ao conceito de atividade física, pois apresentam fortes características rítmicas de danças circulares. Nesta perspectiva, este estudo objetivou conhecer a influência positiva da prática de rodas de tambor de Umbanda comparando os níveis de aptidão cardiorrespiratória de praticantes e não praticantes destes rituais, nas comunidades quilombolas em Paquetá/PI. O estudo envolveu 30 indivíduos adultos sendo 12 mulheres e 18 homens, entre 18 a 65 anos de idade, divididos em 02 grupos: 15 não praticantes da roda de tambor de Umbanda e 15 praticantes desse mesmo ritual. Para coleta de dados foram utilizados 01 questionário sócio demográfico, 01 questionário sobre o desenvolvimento das rodas de tambor, sendo estes aplicados por meio de uma entrevista semiestruturada e o teste físico de Ruffier para avaliação a aptidão cardiorrespiratória. Os resultados obtidos mostraram que o grupo praticante do ritual em estudo apresentou melhor índice de aptidão cardiorrespiratória em relação aos não praticantes. Diante dos achados tornou-se evidente que mesmo quando a atividade física é desenvolvida sem pretensão de saúde, a mesma será advinda, visto que os indivíduos que realizavam as rodas de tambor de Umbanda obtiveram melhores resultados de aptidão cardiorrespiratória em relação aos inativos quanto a esse ritual.