Aptidão cardiorrespiratória durante o teste cardiopulmonar de esforço de indivíduos com amputação unilateral de membro inferior
Por Patrícia dos Santos Vigário (Autor), Agnaldo José Lopes (Autor), Míriam Raquel Meira Mainenti (Autor), Mauro Augusto dos Santos (Autor), Patrícia Marques Aroso Lisboa de Castro (Autor), Roberto Miranda Ramos Costa (Autor), Roberto Miranda Ramos Costa (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 20, n 5, 2021.
Resumo
A amputação de membros inferiores impacta na mobilidade dos indivíduos, podendo levar a uma baixa aptidão cardiorrespiratória. O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) é tradicionalmente utilizado para descrever a aptidão cardiorrespiratória. Contudo, a sua obtenção nem sempre é viável em populações com limitações funcionais e, por isso, análises em níveis submáximos de esforço podem ser uma estratégia eficiente. Objetivo: Testar a hipótese de que indivíduos com amputação unilateral de membro inferior possuem aptidão cardiorrespiratória menor em diferentes intensidades de esforço comparados a indivíduos sem amputação. Métodos: Estudo seccional com 6 indivíduos com amputação de membro inferior e 10 indivíduos sem amputação. A aptidão cardiorrespiratória foi investigada pelo teste de esforço cardiopulmonar, sendo considerados: VO2pico absoluto e relativo, limiar ventilatório 1 (LV1) e Ponto Ótimo Cardiorrespiratório (POC). Resultados: Os indivíduos amputados apresentaram menor VO2pico absoluto e relativo que os não amputados. O valor absoluto do POC, o tempo e a carga, não se diferiram entre os grupos, porém o grupo com amputação apresentou o POC em um maior percentual do VO2pico (p = 0,007) e em um menor VO2 relativo e absoluto (p = 0,004 e p = 0,009, respectivamente). No LV1, não houve diferença entre os grupos no tempo, carga e percentual do VO2pico, contudo os amputados apresentaram menor VO2 relativo e absoluto (p = 0,046 e p = 0,032, respectivamente). Conclusão: Indivíduos com amputação de membro inferior apresentaram menor aptidão cardiorrespiratória em diferentes intensidades de esforço quando comparados com indivíduos sem amputação, porém apresentaram a maior eficiência entre os sistemas respiratório e circulatório em um maior %VO