Aptidão Cardiorrespiratória e Comportamento da Frequência Cardíaca em Situação de Jogo em Atletas de Futsal Profissional
Por Sérgio Luiz Carlos dos Santos (Autor), Carlos Giuliano da Silva (Autor), Rafael Octaviano de Souza (Autor), Rodrigo Garcia Fiorillo (Autor), Matheus Amarante do Nascimento (Autor), ágatha Graças (Autor), Danilo de Jesus de Morais (Autor), Flávio Ricardo Guilherme (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: O futsal é uma modalidade intermitente de alta intensidade na qual o atleta para ter um melhor desempenho, necessita de treinos por meio de atividades situacionais envolvendo metabolismos aeróbios e anaeróbios. Desse modo a frequência cardíaca pode ser considerada um grande indicador de fadiga pensando nas características empregadas no futsal e sua relação com aptidão cardiorrespiratória (ACR). OBJETIVO: Relacionar a ACR com o comportamento da FC em diferentes zonas em situação de jogo em atletas de futsal profissional. MÉTODOS: Estudo transversal, amostra composta por 21 atletas de futsal profissional (21,33 ± 5,81 anos), que disputaram o Campeonato Paranaense da primeira divisão. A coleta de dados foi dividida em três momentos, a saber: 1) medidas antropométricas e teste de aptidão cardiorrespiratória; 2) comportamento da FC em jogo situacional; 3) reteste do comportamento da FC. A sessão de treino consistiu em 10 min de alongamento, seguidos de um aquecimento com bola (onde os atletas ainda não estavam com os monitores cardíacos). Em seguida, jogos situacionais divididos em dois tempos de 25min cada. Ao término de todas as sessões de treinamento foram registrados: 1) tempo total de esforço nas diferentes fases de treino (parte principal), 2) tempo total de esforço nas cinco zonas de FC (zona 1= 50-60%; zona 2 = 60-70%; zona 3 = 70-80%; zona 4 = 80-90% e zona 5 = > 90% da FC máxima) e 3) FC média, FC pico e seus respectivos percentuais. Entre o teste e reteste do comportamento da FC houve um intervalo de sete dias. RESULTADOS: Primeiramente os resultados mostraram, que a aptidão cardiorrespiratória dos atletas separados por posição de jogo posições (alas, fixos e pivôs) diferiu apenas entre os alas (45,36 ± 1,89 ml.kg.min) e pivôs (42,23 ± 1,60 ml.kg.min). Em se tratando do percentual de tempo gasto em cada zona de FC, os resultados não mostraram diferenças entre as posições. Por fim, ao analisar a relação da ACR com o comportamento da FC os resultados mostraram ausência de relação, tanto para as duas zonas de FC mais utilizadas em jogo (Z4 e Z5), como para o % da FC média e pico. CONCLUSÃO: Situações expressas durante uma partida de futsal demonstraram que a FC não se associa com a aptidão cardiorrespiratória, visto que nem sempre os jogadores que contém melhor aptidão cardiorrespiratória são os mesmos que se mantém com baixos ou altos níveis da FC em jogo.