Resumo

Métodos mais objetivos para identificar adolescentes inativos podem auxiliar na identificação de jovens vulneráveis à obesidade e outras doenças crônicas. O objetivo do estudo foi examinar a associação entre as classificações obtidas pelo teste de aptidão cardiorrespiratória e o nível de atividade física, bem como a concordância entre os tercis e a distribuição em z escore das variáveis geradas a partir destes métodos (metros percorridos e escore total de atividade física), em adolescentes. Estudo transversal com amostra probabilística composta por 639 adolescentes (61% meninas), entre 12 e 19 anos (idade média de 16 anos ± 1,8 e categorizados em duas faixas etárias: 12 a 14 e 15 a 19 anos), de escolas públicas de Niterói-RJ. A aptidão cardiorrespiratória foi estimada pelo teste de corrida e caminhada de 9 minutos -T9 e o nível de atividade física pelo International Physical Activity Questionnaire -IPAQ. Para avaliação de associações, foram utilizados os testes Qui quadrado (ou teste de Fisher) e Kruskal Wallis e para concordância o coeficiente Kappa ponderado (Kp) e coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Adotou-se p<0,05 para significância estatística. Observou-se associação significativa entre as classificações obtidas pelos dois métodos apenas para os adolescentes com idade igual ou maior que 14 anos, mas houve concordância entre as variáveis geradas a partir dos mesmos para as duas faixas etárias. As medianas de metros percorridos em T9 aumentaram de acordo com os tercis de escore total de atividade física. A associação entre as classificações obtidas com base nos métodos IPAQ e T9 foram observadas apenas para os adolescentes com mais idade. Todavia, as variáveis contínuas e categorizadas em tercis, geradas a partir dos métodos, associaram-se e apresentaram concordância para ambas as faixas etárias.

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