Aptidão Física Associada à Saúde em Escolares Pré-púberes da Cidade de Muzambinho
Por Cássio de Miranda Meira Júnior (Autor), Antonio M. Prista (Autor), Januária Andréa Souza Rezende (Autor), Raquel M. Barrocal (Autor), Flavio Henrique Bastos (Autor), Maria Guadalupe S. Amorim (Autor), Jorge Alberto de Oliveira (Autor), Go Tani (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução e objetivos: Aptidão física (ApF) relativa à saúde é um estado caracterizado por uma capacidade em realizar atividades com vigor, bem como pela demonstração de traços característicos que estão intimamente associados a um risco reduzido de desenvolvimento de doenças de natureza hipocinéticas. Conhecer o perfil de ApF de uma população pode auxiliar na elaboração e desenvolvimento de programas de Educação Física. O presente estudo teve como objetivo caracterizar transversalmente os níveis de ApF associados à saúde de escolares de 6 a 10 anos de idade da cidade de Muzambinho (MG, Brasil). Método: A ApF foi mensurada de acordo com a bateria Fitnessgram, constituída por quatro testes: corrida ou marcha da milha (capacidade aeróbia), abdominais (força e resistência dos músculos abdominais), flexões (força e resistência dos membros superiores), dorsais (flexibilidade e força dos músculos extensores do tronco). A amostra utilizada constou de: 105 meninos e 103 meninas (milha), 220 meninos e 208 meninas (abdominais), 218 meninos e 205 meninas (flexões), e 224 meninos e 207 meninas (dorsais). Os dados foram organizados por idade e gênero. Além da análise exploratória com base em estatísticas descritivas, os dados foram submetidos a comparações de médias por meio de análises de variância. Resultados: Nas provas de flexões e dorsais, não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas. Nos abdominais, houve diferença para o fator idade (p<0,02): as crianças de 6 anos tiveram desempenho inferior médio (7 abdominais) em relação às crianças de 9 anos e as crianças de 10 anos tiveram desempenho inferior que as crianças de 7, 8 e 9 anos (8,9,12 abdominais). Na prova de milha, foi identificada diferença para o fator sexo (p<0,008): em média, as meninas completaram a prova em 81 segundos a mais que os meninos. Conclusões: Das variáveis de ApF, apenas a resistência aeróbia foi menor nas meninas. Considerando apenas as idades, pode-se dizer que as crianças de 6 e 10 anos apresentaram menor força e resistência dos músculos abdominais. De forma descritiva, em comparação às crianças portuguesas de Amarante, as crianças de Muzambinho apresentam maior força e resistência dos músculos abdominais e menor força e resistência dos membros superiores.