Resumo
O serviço policial caracteriza-se por ser inerentemente arriscado e associado a elevadas exigências físicas e psicológicas, o que representa aumento no risco global e cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar a aptidão física, o nível de atividade física, a qualidade de vida e fatores associados, em policiais militares de um estado da Região Norte do Brasil, durante o curso de formação e no período inicial da carreira profissional. A pesquisa teve duas fases longitudinais de análise, sendo uma de mais curto prazo (6 meses - durante o curso de formação, que compreendia 3 sessões semanais obrigatórias de exercício físico vigoroso) e outra mais longa (2 anos e 7 meses - fase de início de carreira). A amostra da primeira fase foi composta por 219 candidatos a policiais militares, do sexo masculino, com idade entre 18 e 32 anos e IMC de 24,4±2,5 kg/m2 . A segunda etapa contou com 70 policiais participantes da fase anterior e que foram acompanhados nos seus dois anos e sete meses iniciais da carreira militar. A primeira fase de acompanhamento compreendeu as análises do teste de corrida de 12 minutos (teste de Cooper), para avaliar a aptidão cardiorrespiratória (ACR), os testes de flexão abdominal, flexão de braço em barra fixa e flexão de braço no solo, para avaliação de força e resistência musculares, além do IMC como indicador de composição corporal, com avaliações no início e no final da qualificação profissional. A avaliação inicial da segunda fase (início de carreira) coincidiu com o final do curso de formação e contou com indicadores sociodemográficos e avaliações da flexibilidade (teste sentar e alcançar), da qualidade de vida (QV, por meio do questionário WHOQOL) e da composição corporal por meio de medidas antropométrica de massa corporal, estatura, circunferências de cintura e percentual de gordura (Pollock com 3 dobras), além da pressão arterial de repouso.