Resumo

Este estudo, caracterizado como descritivo do tipo transversal teve por propósito analisar as variáveis da aptidão física relacionadas à saúde de crianças e adolescentes avaliados pela bateria de testes do Projeto Esporte Brasil, (PROESP? BR). A amostra foi composta por 8114 crianças e adolescentes, sendo 4112 do sexo feminino e 4002 do sexo masculino, entre sete e 15 anos, cadastrados no PROESPBR do estado do Paraná. Os dados foram disponibilizados de uma base de dados proveniente do PROESP-BR, entre os anos de 2004 e 2010, e envolveu medidas e testes de aptidão física relacionada à saúde (AFRS): resistência cardiorrespiratória, resistência/força abdominal, flexibilidade e índice de massa corporal. Frequências relativas e absolutas, ANOVA two-way e correlação de Pearson foram utilizadas para as análises dos dados (P<0,05). Os resultados antropométricos, bem como, a força/resistência muscular abdominal, e a resistência cardiorrespiratória, foram superiores no sexo masculino, na maioria das idades, com exceção à flexibilidade, onde os valores foram superiores no sexo feminino em todas as idades e o índice de massa corporal que foi a favor das meninas dos sete aos 11 anos e a favor dos meninos dos 12 aos 15 anos. No teste de força/resistência abdominal verificou-se, em ambos os sexos, diferença significativa das idades menores para as idades maiores, sendo que aos 15 anos, as meninas não apresentaram diferença com nenhuma outra idade. Na variável flexibilidade houve diferença significativa apenas dos nove com os 11 anos, em ambos os sexos. Na resistência cardiorrespiratória as meninas apresentaram diferenças significativas dos 10 aos 14 anos para com os 15 anos, e os meninos apresentaram diferença significativa das idades menores para as idades maiores. Os percentuais de não atendimento aos critérios de saúde segundo PROESP-BR (2009), indicadores de uma recomendada AFRS, apresentaram-se para meninas e meninos, respectivamente, da seguinte forma: IMC (21,7%; 20,3%), teste de resistência/força abdominal (28,7%; 32,3%), flexibilidade (29,2%; 46,3%) e resistência cardiorrespiratória (53,6%; 49,8%). A maioria das correlações encontradas entre os componentes da AFRS foram baixas (positivas e negativas), significativas estatisticamente, em ambos os sexos. Portanto, visto os resultados, parecem imprescindível intervenções da área da Educação Física e afins no sentido de melhorar os níveis de AFRS nesta população.

Acessar Arquivo