Aptidão física relacionada a saúde em adolescentes de Quixadá-CE
Por Diana Marques Dos Santos (Autor), Jessica Lima De Oliveira (Autor), Paulino Pinheiro Gaia (Autor).
Em XXIII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. IX CONICE - CONBRACE
Resumo
A saúde configura-se como um completo estado de bem-estar físico, social e mental e não apenas a definição de simples ausência de doença (OMS, 1948). Os autores Grondin e Guedes (2002) afirmam que praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação adequada, suficientes horas de sono, fazer uso controlado de bebidas alcoólicas, não consumir tabaco, ter momentos de lazer e ter controle emocional e do estresse são hábitos mais estreitamente associados à qualidade de vida e à saúde. Portanto, o estilo de vida está diretamente ligado à saúde de um indivíduo. O conceito de aptidão física relacionada à saúde (AFRS) é definido como a capacidade de executar atividades físicas com energia e vigor sem excesso de fadiga, com demonstração de qualidades e capacidades físicas que conduzem ao menor risco de desenvolvimento de doenças hipocinéticas (MINATTO; PETROSKI; SILVA, 2013). Nesse sentido, percebe-se que a avaliação da AFRS se torna fundamental no contexto escolarDessa maneira, o ambiente escolar ligado com a fase infanto juvenil, torna-se apropriado para o desenvolvimento da diversas AFRS, visto que uma criança fisicamente ativa provavelmente será um adulto fisicamente ativo e com isso diminuirá bastante a chances de ser acometido por doenças hipocinéticas (DUMITH; AZEVADO; ROMBALDI, 2008). Doenças hipocinéticas são a Obesidade Arterial, Cardiopatias, Hipertensão Arterial, Diabetes Tipo II, Osteoporose e Sarcopenia. Elas estão associadas a falta de atividades físicas regulares, ou seja, as pessoas que se exercitam rotineiramente tendem a não apresentar índice dessas doenças. No entanto para prevenir essas doenças é imprescindível que se tenha uma rotina de exercícios. (KATZMARZYK & JANSSEN, 2004). Pesquisas de Boccaletto; Mendes (2009), apontam que atualmente os adolescentes estão mais propensos ao sedentarismo, visto que geralmente suas atividades de lazer incluem assistir televisão, passar várias horas no computador e videogame. Em decorrência da pandemia, esse cenário ficou ainda mais preocupante, pois observou-se que as pessoas aumentaram o tempo de utilização das telas, isso contribuiu para alteração no estilo de vida, e consequentemente para o ganho de peso, tanto pelo menor gasto energético quanto pelo consumo de alimentos de alto teor calórico durante esta prática (CAMELO, et al., 2012). As evidências revelam um cenário preocupante, comprovando a prevalência de obesidade, sobrepeso, alimentação inadequada e associada a baixos níveis de atividade física em adolescentes e crianças. O que se observa é que quanto mais alta a classe econômica das famílias, maior a prevalência de comorbidades relacionadas ao estilo de vida desorganizado.