Aptidão Física Relacionada à Saúde de Crianças Praticantes de Futebol
Por Osvaldo Donizete Siqueira (Autor), Eraldo dos Santos Pinheiro (Autor), Claudio Roberto Escovar Paiva (Autor), Luiz Antônio Barcellos Crescente (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução. Um dos papéis fundamentais do exercício físico e do esporte é
desenvolver comportamentos favorecedores de um estilo de vida saudável e
benefícios relacionados à saúde. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar como
se caracteriza o grupo de futebolistas da categoria mirim com relação às zonas
saudáveis de aptidão física de acordo com os padrões da bateria de testes do PROESPBR (2001). Métodos: Foram avaliados 18 atletas de futebol do sexo masculino da
Categoria Mirim pertencentes a um clube profissional da cidade de Porto AlegreRS, com idade média de 10,83±0,3 anos. As variáveis estudadas foram índice de
massa corporal (IMC), flexibilidade (sentar-e-alcançar), força abdominal (1 minuto)
e resistência geral (correr caminhar em 9 minutos) conforme as padronizações do
PROESP-BR. Para a análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva (freqüência
e percentual). Resultados: Com relação ao IMC 83,3% dos jovens futebolistas
apresentaram resultados dentro da zona saudável de massa corporal (ZSMC) e 16,7%
apresentaram-se acima da ZSMC. Já a flexibilidade apresentou-se com a seguinte
característica: 33,3% abaixo da zona saudável de aptidão física (ZSApF), 38,9%
dentro da ZSApF e 27,8% acima da ZSApF. Na força/resistência abdominal 5,6%
dos futebolistas apresentaram-se dentro da ZSApF e 94,4% acima ZSApF. Todavia,
no que refere-se a resistência geral tivemos o mesmo comportamento da força/
resistência abdominal onde 5,6% dos futebolistas apresentaram-se dentro da ZSApF
e 94,4% acima da ZSApF. Conclusões: Em relação ao momento atual avaliado, os
jovens futebolistas da categoria mirim, demonstraram níveis satisfatórios em relação
a IMC, força/resistência abdominal e resistência geral. No entanto, com os indicadores
de flexibilidade, este comportamento não aconteceu, pois 33,3% dos atletas
demonstraram estar abaixo da ZSApF. Estes indicadores parecem caracterizar uma
tendência existente na literatura em relação a esta variável nesta faixa etária, mesmo
assim sugere-se estímulos específicos aos futebolistas para melhorarem o seu
desempenho motor devido a grande associação desta variável em relação às limitações
nos movimentos diários e da contribuição que a mesma tem em relação a posturas
inadequadas em adolescentes e jovens