Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre componentes da Aptidão Física Relacionada à Saúde (AFRS) e a Densidade Mineral Óssea (DMD) de adolescentes. Foram avaliados 144 adolescentes (65 rapazes e 79 moças) com idades entre 15 e 18 anos e nos estágios IV e V de maturação sexual segundo o critério de Tanner (1962). Os componentes da AFRS foram avaliados através dos testes de sentar e alcançar, correr/caminhar uma milha (1.609m), repetições máximas de abdominal e de flexão/extensão de braço. Outros componentes avaliados foram o peso corporal, a estatura e o índice de massa corporal (IMC). A massa corporal magra, a gordura corporal e a DMD do corpo inteiro, coluna lombar e fêmur proximal (colo do fêmur e quadril total) foram obtidas pelo método de absortometria de Raios X de dupla energia (Lunar DPX-IQ). Foram utilizadas correlações de Pearson e regressões múltiplas stepwise para analisar os dados (p< 0,05). A massa corporal e a massa corporal magra são os fatores que correlacionaram mais consistentemente com a DMD dos quatro sítios para ambos os sexos e além destes, a aptidão muscular abdominal e o IMC também apresentaram consistência no sexo masculino. Aptidão muscular abdominal e a massa corporal magra explicaram uma variabilidade de 18 a 43% da DMD do sexo masculino enquanto que o peso corporal, a massa corporal magra e a aptidão muscular abdominal e de membros superiores explicaram de 15 a 28% da DMD do sexo feminino. Os resultados sugerem que a contração muscular e a massa corporal magra possam contribuir mais para a DMD dos adolescentes do sexo masculino do que o impacto suportado pelo esqueleto e que, para a DMD do sexo feminino, o aumento simultâneo das cargas suportadas pelo esqueleto, da aptidão muscular e da massa corporal magra podem ser mais benéficos.