Aptidão Física Relacionada à Saúde: Efeitos de Um Programa no Ambiente de Trabalho
Por Mirian Werba Saldanha (Autor), Veruska Raposo (Autor), Maria Aparecida Roma (Autor), Clisaldo Junior (Autor), Leonardo Ferreira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar os componentes da aptidão física relacionada à
saúde após a implantação de um programa de atividades físicas no ambiente de
trabalho. A amostra foi composta por 344 sujeitos na primeira avaliação e 220 sujeitos
na segunda, com intervalo de 5 meses, onde foram desenvolvidos exercícios físicos
diários no ambiente de trabalho e palestras semanais com temas relacionados à
saúde e estilo de vida.A pesquisa foi desenvolvida em oito empresas nas cidades de
João Pessoa e Campina Grande, Paraíba, Brasil. Foram aplicados testes de força dos
membros superiores (flexão/extensão dos braços), abdominal modificado,
flexibilidade (sentar e alcançar) e a avaliação da gordura corporal (três dobras cutâneas,
JACKSON & POLLOCK, 1978). O tratamento dos dados foi realizado através da estatística
descritiva e do t test, sendo utilizado o Programa SPSS, versão 13.0. Os resultados
mostraram que as mulheres diminuíram com valores estatisticamente significativos
a gordura corporal entre os dois momentos avaliados (41,96/21,58), enquanto que
os homens não apresentaram resultado semelhante, mostrando um pequeno aumento
dos valores médios (20,64/21,31). Entre os gêneros, neste componente, apenas na
primeira avaliação as diferenças foram significativas. Na força abdominal os homens
diminuíram a média de repetições realizadas (27,16/26,18), porém a maioria mantevese na classificação recomendável, enquanto que as mulheres apresentaram um
aumento significativo (12,11/24,76). Na diferença entre os gêneros, apenas o primeiro
momento foi significativo. No componente força dos membros superiores houve
um pequeno aumento entre as duas avaliações (18,42/18,58 e 19,18/21,40 homens
e mulheres respectivamente), sendo apenas significativo entre os gêneros na segunda
avaliação. E na flexibilidade, apenas as mulheres aumentaram as médias (27,30/
27,19 e 25,99/28,01 homens e mulheres respectivamente), sem valores significativos
entre as duas avaliações e entre os gêneros. Sendo assim, pode-se concluir que o
programa de intervenção realizado mostrou ter provocado modificações nos níveis
de aptidão física relacionado à saúde, com maior efeito nas mulheres. Sugere-se que
programas como este, no ambiente de trabalho, possam ser realizados e avaliados
para que se possa ter mais referências deste tipo de intervenção, pois acredita-se que
este ambiente possa ser um local em potencial para intervenções relacionadas à
saúde da população.