Aquecimento Específico com Maior Intensidade e Menor Volume Aumenta o Desempenho de Uma Sessão no Treinamento de Força
Por Leonardo Viveiros Heinze de Oliveira (Autor), Kaynara Gioia Longoni de Moraes (Autor), Igor Nasser (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O aquecimento específicos no treinamento de força (TF) é a realização prévia do movimento geralmente com baixas sobrecargas com o intuito de preparar o praticante para a atividade alvo. Apesar de ser uma prática comum, a literatura não apresenta uma recomendação clara quanto a sua prescrição. Baseado nisso, o presente estudo visa verificar o efeito de diferentes intensidades e volumes no aquecimento específico sobre o desempenho em uma sessão de treinamento de força. Materiais e Métodos: Foram recrutados 15 indivíduos do sexo masculino (27,4 ± 4 anos; 84,2 ± 12,7 kg; 1,79 ± 0,06 cm), com experiência mínima de um ano em treinamento de força. A sessões foram divididos em cinco dias, onde as duas primeiras foram teste e reteste de cargas de 10 repetições máximas (RM) nos exercício supino reto (SR), leg press 45º (LP) e puxada aberta pronada (PU). As três sessões seguintes, foram aplicados os protocolos experimentais com entrada contrabalanceade, utilizando percentuais de 40, 60 e 80% da carga de 10 RM, com uma variação de volume de 15, 10 e 5 repetições respectivamente c. Após dois minutos do aquecimento, foi aplicada a sobrecarga máxima obtida no teste de 10 RM, e o indivíduo deveria realizar o maior número de repetições possíveis em três séries e dois minutos de intervalo.Para avaliar o desempenho, foi utilizada a fórmula do volume total de treinamento (VTT = séries x total de repetições x sobrecarga). Para comparação dos protocolos, foi utilizada ANOVA two-way para medidas repetidas, com post hoc de Bonferroni e p ≤ 0,05 para verificar diferença significativa.
Resultados: Em relação ao SR, houve aumento de desempenho significativo do aquecimento80% de 10 RM e 5 repetições em relação ao de 60% de 10 RM e 10 repetições (p = 0,037). Em relação ao LP, o resultado de 80% de 10 RM apresentou ligeira melhora de desempenho em relação ao 40% de 10 RM e 15 repetições (p = 0,055). Figura 1. Desempenho de repetições (A) e volume total de treinamento (B) no Supino Reto
Conclusão: O estudo evidenciou que a utilização de percentuais de carga mais altos podem melhorar o desemprenho de força. Resposta do potencial de pós-ativação está entre as possibilidades que justifiquem tais achados.