Resumo

A grande maioria das cidades não possui um número suficiente de equipamento de lazer para atender a população, havendo ainda uma distribuição desigual entre os bairros e distritos das áreas metropolitanas. Cada vez mais os espaços de convivência social e as áreas verdes vêm sendo privatizados, o que favorece a perda de seu uso multifuncional, deixando de ser local de encontro, de prazer, de lazer, de convivência com a natureza. A falta destes espaços contribui para o “enclausuramento” das pessoas, que, por não terem opções de lazer nos logradouros públicos, usam seu tempo disponível em ambiente doméstico. Esta pesquisa tem por objetivo apresentar um panorama da distribuição de equipamentos culturais em Belém (praças, cinemas, centros culturais, parques ambientais, entre outros), adotando uma visão crítica sobre a forma de distribuição e a política de animação sociocultural da cidade. Após a realização de pesquisa bibliográfica e de campo, verificou-se que a concentração dos equipamentos registra-se no centro urbano e nos bairros centrais, configurando-se, entre outros aspectos, na dificuldade de acesso a estes. Registrou-se também a falta de divulgação dos espaços, bem como uma política de animação sociocultural elitizada e centralizada em apenas alguns equipamentos da cidade. A manutenção e animação de equipamentos de lazer e esporte podem ser instrumentos importantes na re-significação do espaço urbano. A atuação dos animadores socioculturais nos espaços e equipamentos deve estar pautada em sua função fundamental de educador “pelo e para o lazer” (MARCELLINO, 1987). 

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