Resumo
Este trabalho analisa as adaptações das curvaturas da coluna vertebral durante a prática de atividades físicas como a bicicleta ergométrica, o step, o pular corda, o jump fit e a marcha na esteira. Duas voluntárias realizam todas as atividades utilizando entre uma e três formas de execução diferentes. As atividades escolhidas são periódicas e apresentam ciclos característicos que se repetem ao longo do tempo. As colunas são analisadas ao longo de 8 a 16 ciclos de cada atividade e as informações obtidas são agrupadas para definir um ciclo padrão de alta qualidade, no qual são concentradas as informações relevantes. O objetivo deste trabalho centra-se na quantificação e análise das modificações das curvas da coluna vertebral. Estas adaptações aparecem localizadas ao longo da coluna e do ciclo. A metodologia utilizada para obter a forma geométrica das curvas da coluna vertebral é não invasiva, baseada na reconstrução tridimensional por videogrametria. Marcadores aderidos à pele do dorso das voluntárias, posicionados ao longo da linha definida pelos processos espinhosos das vértebras são localizados no espaço 3D e utilizados para definir uma curva representativa da coluna. Estas curvas e seus movimentos são quantificados usando o conceito de curvatura geométrica 2D nos planos sagital e frontal, para cada instante registrado. Com estes dados são construídos modelos matemáticos para cada atividade física, os quais são analisados isoladamente, comparados entre si e entre as duas voluntárias. São observadas características como as amplitudes das oscilações das curvaturas, os picos momentâneos e as mudanças bruscas. Os resultados apontaram que a atividade do jump fit provoca as menores adaptações das curvaturas da coluna vertebral quando comparadas às demais atividades, enquanto pular corda, seguido pelo step, provoca as maiores adaptações. A atividade de pedalar na bicicleta ergométrica é a que apresenta o ciclo mais contínuo, com as menores mudanças bruscas de curvatura.