As classificações das práticas esportivas

Parte de Tecnologias digitais no ensino do esporte . páginas 34 - 46

Resumo

Conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o esporte poder ser definido como uma prática corporal orientada “Pela comparação de um determinado desempenho entre os indivíduos ou grupos (adversários), regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competições” (Brasil, 2017, p. 2015). Entretanto, essas características não possuem um único sentido ou somente um significado entre aqueles que estão imersos no fenômeno esportivo, uma vez que as distintas práticas esportivas podem ser ressignificadas, contextualizadas e adaptadas, de acordo com as normas institucionais e com os interesses dos que dele se apropriam (Brasil, 2017). Além disso, o termo esporte abrange um amplo leque de práticas corporais que podem ser categorizadas de inúmeras formas. Nesse sentido, com o intuito de orientar a abordagem pedagógica do esporte, a BNCC também apresenta as distintas práticas esportivas com base no critério da lógica interna do jogo e de exigências motoras semelhantes (Rizzo e Barroso, 2017). A lógica interna do jogo, conforme Parlebas (2001), pode ser definida como “o sistema de características próprias de uma situação motora e das consequências que esta situação demanda para a realização de uma ação motora correspondente” (p. 302), uma vez que cada modalidade esportiva apresenta aspectos peculiares que demandam que os praticantes atuem de uma forma específica e promovam um conjunto de conhecimentos motores corporais singulares ao longo da experimentação e vivência do jogo (González e Bracht, 2012). Nessa perspectiva, partindo da lógica interna, a BNCC utiliza sete categorias para classificação das modalidades esportivas, as quais também são utilizados por muitos pesquisadores da área (Parlebas, 2001; Riera, 1989; Hernandez et al., 1999)