Resumo

Introdução: O
Rugby Seven’s feminino é um esporte de alta intensidade, no qual as atletas performam uma
série de corridas e colisões em diferentes períodos de trabalho e intervalo. Alguns estudos documentaram
as demandas físicas de partidas através de equipamentos de Sistemas de posicionamento global (GPS).
Tais estudos reportaram os volumes totais de trabalho de partidas inteiras e as médias de esforços por
minuto, mas havia uma lacuna sobre as intensidades às quais os atletas eram submetidos, haja visto que o
rugby é um esporte intermitente (em cerca de 50% da partida, o jogo pode estar paralisado). Então, Varley et
al. publicou um estudo adotando um protocolo com conceito de períodos de bola viva (BV), que são os
momentos nos quais as ações do jogo estão ocorrendo, e de bola morta (BM), que é o momento no qual o
jogo está paralisado, pois ocorreu uma pontuação, infração, ou porque a bola deixou os limites do campo de
jogo, e a partida ainda não foi reiniciada. Este método se mostrou mais adequado para observar as
intensidades no Rugby, pois demonstrou que as médias de partidas inteiras poderiam subestimar a
intensidade de trabalho em mais de 40%. Entretanto, no melhor de nosso conhecimento, não existem
evidências científicas dessa natureza que tenham sido publicadas sobre as demandas da BV no Rugby
Seven’s feminino, o que seria de extrema importância para que houvesse uma melhor compreensão da
intensidade dos esforços e para que pudesse haver um melhor planejamento das cargas de treinamento.
Objetivos: (i) apresentar as durações e as demandas médias de distância total (m), distância por minuto
(m/min), distância de sprint por minuto (m/min >16 km/h), número de acelerações por minuto (>3m/s), e
número de impactos por minuto (>5g) de cada BV em 24 partidas de rugby seven’s feminino; (ii) comparar as
médias das demandas de bola em jogo com as médias de toda a partida. Materiais e métodos: Será
conduzido um estudo com 32 jogadoras profissionais de Rugby durante 24 partidas válidas pelo
Campeonato Brasileiro de Rugby Seven’s. Os critérios de elegibilidade serão: atletas maiores de 18 anos,
com no mínimo dois anos de experiência como profissionais, que estejam participando das etapas do
campeonato brasileiro de Rugby Seven’s na temporada 2023. Será utilizado um questionário de dados
demográficos para a caracterização da amostra. Equipamentos de GPS individuais do modelo Playertek, da
Catapult Sports, validados na utilização para esportes coletivos, serão utilizados na região dorsal, em
coletes específicos, para monitorar as taxas de trabalho. Tais equipamentos apresentam informações
fidedignas para todas as métricas observadas no estudo. Durante as partidas, serão realizados os cortes de
tempo de cada BV e BM através do Software Playertek+, da própria Catapult Sports, que nos permitirá
diferenciar tais momentos e aferir a taxa de trabalho dos mesmos, como publicado por Varley (2012). Após
as partidas, será feito o download dos dados através da plataforma PlayertekGo. Os dados serão extraídos
em “CSV” e convertidos em “xlsx” para que a classificação através de sua duração e as análises das
demandas das bolas vivas sejam realizadas no Microsoft Excel. Também no Excel será comparada a taxa
média de trabalho dos períodos de bolas vivas com os períodos inteiros (BV e BM), para observarmos se
haveria uma subestimação (ou não) das intensidades das partidas. O projeto encontra-se em andamento.