As Ginásticas Sueca, Francesa e Alemã (ou de Aparelhos): Suas Diferenças. o Naturismo da Escola Hebertiana
Parte de Da Educação Física . páginas 125
Resumo
A ginástica alemã, criada por Ludwig Jahn, em 1811, para aguerrir a mocidade de sua pátria e preparar a desforra das vitórias de Napo-leão I, e introduzidas depois em França por Clias e Amoras, é um sis-tema, que ia tendo a mais larga aceitação em tôda a Alemanha, quan-do, assassinado o poeta Kotzebue por um estudante, que o julgava es-pião, o govêrno mandou fechar as palestras gímnicas, perseguindo pela lei Turnsperre êste método de ginástica. O método sueco, como vimos, — admirável criação de Ling, que com êle se propôs a regeneração física de sua raça, — assenta numa base fisiológica. O método francês, que nada tem de seu, senão o es-pirito de ecletismo, com que pretende fundir os exercícios de apare-lhos com os de mãos livres, é (a darmos fé a Touineau) um sistema que, ao lado da ginástica educativa com seus exercícios de desenvol-vimento, dá lugar de relêvo à de aplicação, fazendo executar aos me-ninos mais desenvolvidos, no ensino secundário, os exercícios próprios da escola alemã. O sistema francês não é, pois, oposto ao alemão e sueco: ou é a escola amorosiana e identifica-se com a alem õ„ ou é uma forma eclética e intermediária. Os sistemas, que se defrontam e se opõem, são as ginásticas alemã e sueca, ou por outra, a ginástica aérea de aparelhos e a educativa de desenvolvimento, cujo estudo compara-tivo e critico vamos fazer, estabelecendo os elementos essenciais, que as diferenciam, para depois esboçar, a traços rápidos, o caráter funda-mentalmente helênico e naturista da escola hebertiana.