Resumo
O objetivo desta tese foi investigar as hipóteses de que os sucessos em driblar e não ser driblado estariam relacionados, respectivamente, ao aumento do tempo de reação e à antecipação do defensor no futebol e no futsal. Além disso, investigou-se se o sucesso do drible e o tempo de reação estariam atrelados ao tipo de drible. Foram filmados 5 jogos de futsal com jogadores entre 15 e 16 anos de idade e diferentes níveis de experiência, e 2 jogos de futebol, sendo um do campeonato brasileiro da categoria sub-17 e o outro do campeonato paulista série A1. Os dribles realizados com tempo entre o início do drible e o início da resposta igual ou acima de 200ms forma definidos como dribles tempo de reação. E, e os dribles antecipação foram aqueles realizados com o referido tempo abaixo de 200ms. Os dribles também foram classificados em três categorias: simples, escolha e PPR (período psicológico refratário). As sequências de dribles foram editadas a partir do momento em que o jogador atacante recebia a bola até o início do primeiro movimento do jogador defensor. Os tempos de reação e antecipação foram adquiridos por meio do software KINOVEA. Eles foram analisados em relação o sucesso e ao tipo de drible. Os resultados referentes ao tempo de reação não revelaram diferenças significativas em relação aos dribles bem e mal sucedidos no futsal e no futebol. Verificou-se apenas que os dribles que envolveram PPR tiveram tempo de reação superior aos dribles simples e escolha do futebol. Esses resultados permitiram concluir que o aumento do TR e a antecipação não foram fatores determinantes, respectivamente, para os sucessos de driblar e não ser driblado no futsal e no futebol