Resumo

O fenômeno social ainda estabelece barreiras na participação da mulher nas mais diversas esferas sociais, a exemplo da empregabilidade, fator econômico, e também no esporte. Tal fenômeno está relacionado às desigualdades geradas culturalmente, na qual posicionam a mulher como um ser “inferiorizado” em relação a virilidade masculina, atribuindo desta forma, tarefas peculiares à sua feminilidade, concebida enquanto natural. Assim, as mulheres que, ao longo da história foram representadas pela sociedade como frágeis e fisicamente nobres, destinada à função reprodutiva, viviam com o ideário de que a prática da atividade física não era apropriada para corpos tão sensíveis (ABDALAD e COSTA, 2009). Como toda instância social, o esporte articula um conjunto de características que, conforme seu desenvolvimento, associam-no à virilidade e ao masculino, tornando mais um campo limitante para o acesso e a participação da mulher. Logo, o esporte rege-se por uma forma particular de reserva masculina, visto que suas características estão próximas de atributos que foram vinculados ao masculino, tais como força, virilidade, risco, busca por novos limites, entre outras (ELIAS e DUNNING, 1992). Em decorrência desse contexto, Goellner (2005) anuncia que a participação feminina possui um reconhecimento restrito como atletas, estendendo também aos cargos deliberativos.

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