Resumo

Este ensaio teórico busca oferecer uma possível interpretação sobre as origens históricas do lazer na sociedade brasileira. Partindo das indicações do pensamento marxista, busca-se demonstrar que o lazer, enquanto manifestação das indústrias culturais, é resultado de uma expropriação dos divertimentos populares. No caso específico da investigação, sustenta-se que a repressão que se abateu sobre o universo lúdico-religioso do negro desde os tempos coloniais não era apenas uma forma de controle social, mas, também, uma acumulação primitiva necessária a ulterior transformação do tempo livre em uma mercadoria. O que, decerto, nessa sociedade de natureza escravocrata, particularizou o processo em termos raciais.

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